Com caminhos de me afastar, cada vez mais
Pegara um sopro ascendente
- Deixa ir, deixa estar
E queria subir até esfriar aquele bafo quente
De tantas, e tontas gentes
Eu andava soturno, em círculos
Subindo e subindo
E nem queria mais, ou menos
Saber do peixe preto que, indiferente
Passara a ser, para quem no céu fosse pescar
O céu em que eu estava não era mesmo céu
Como bem podia aparentar
E eu, embora pudesse ainda ser
Não era eu
Não mais
Até que lá embaixo
Ponto muito distante, pequeno, pequenim
Mirei como que um fio, fulgurante
Um pedaço brilhante de algo mexendo no deserto
De tantas gentes
Uma conversa de um Tau Golin
Com as vistas naquela aparência
Fui descendo em aspiral
E nem bem vinha, me dava conta
Que era assunto meu
Que me puxava de volta do breu
No brilho que faiscava
Na ponta daquele fio, pedaço, ou o quê
Que rodilha desenrodilhava-se
A cada volta em que eu descia, planava
Mais e mais percebia
Mais e mais descer eu queria
E aqui estou de volta à terra
Os dois pés no chão velho novinho
Chão que voltou a ser meu
E de novo um gosto, uma sensação, um quê
Do céu, que subindo lá tão alto
Naquele vazio não encontrei
Agora, o que quero já sei
É segurar no bico o fio desta meada
É chamá-los
E daí
Dividir estes estalos
Estes brilhos com vocês
Ligeiro, ligeiro, segurem bem firme aqui
Pegara um sopro ascendente
- Deixa ir, deixa estar
E queria subir até esfriar aquele bafo quente
De tantas, e tontas gentes
Eu andava soturno, em círculos
Subindo e subindo
E nem queria mais, ou menos
Saber do peixe preto que, indiferente
Passara a ser, para quem no céu fosse pescar
O céu em que eu estava não era mesmo céu
Como bem podia aparentar
E eu, embora pudesse ainda ser
Não era eu
Não mais
Até que lá embaixo
Ponto muito distante, pequeno, pequenim
Mirei como que um fio, fulgurante
Um pedaço brilhante de algo mexendo no deserto
De tantas gentes
Uma conversa de um Tau Golin
Com as vistas naquela aparência
Fui descendo em aspiral
E nem bem vinha, me dava conta
Que era assunto meu
Que me puxava de volta do breu
No brilho que faiscava
Na ponta daquele fio, pedaço, ou o quê
Que rodilha desenrodilhava-se
A cada volta em que eu descia, planava
Mais e mais percebia
Mais e mais descer eu queria
E aqui estou de volta à terra
Os dois pés no chão velho novinho
Chão que voltou a ser meu
E de novo um gosto, uma sensação, um quê
Do céu, que subindo lá tão alto
Naquele vazio não encontrei
Agora, o que quero já sei
É segurar no bico o fio desta meada
É chamá-los
E daí
Dividir estes estalos
Estes brilhos com vocês
Ligeiro, ligeiro, segurem bem firme aqui
Comentários
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que apontou o lugar do brilho.
Abração
Essa é uma discussão difícil, porém já estava na hora de ser iniciada sua sistematização.
Além disso gerou um belo poema. De fato.
Abraços
Omar