A adoração litúrgica visceral ao deus Grana

Neste inculto culto ao Grana -- também chamado Dinheiro, Dólar, Doleta, Bufunfa, Cifrão, Mercado, Malacheia, Fazmito, Fazrir, Fachada, Fakegod -- quanto mais imagens dele os cultuadores conseguirem juntar, mais santos serão considerados. E quanto mais santos forem considerados, menos importará a forma pela qual adquirem, ou adquiriram tais imagens. Sua crescente santidade, aos olhos dos devotos, os absolve, proporcional e tacitamente à quantidade de imagens acumuladas, de qualquer crime, contravenção,  pecado venial ou mortal que tenham cometido, ou venham a cometer. Formam essas imagens uma blindagem num jogo de sombras e espelhos que os tornam mais e mais inatingíveis.

Seus altares, e o termo expressa bem as alturas em que se põem, servem para distanciá-los dos  santinhos menores, que sempre lhes parecem  sujos, escuros e fedorentos. Aspiram, todos os seus fiéis, a esse embuste das altitudes brilhantes das imagens de ouro, diamante, platina, aos odores de Dinheiro lavado. Ainda assim vituperam, torturam e matam, em guerras santas, pela posse desses e do ouro negro, fedorento e pegajoso do petróleo, o ouro mulato do ferro, cobre e café, o ouro claro e rasteiro do alumínio, da soja, do milho, o ouro rosado da carne.

Diante de tais imagens e de tal deus, que valores poderiam ter algumas simples pessoas? Esses animais 'levemente superiores', que pouco conseguem entender daquilo que efetivamente se trata a coisa. Esses vertebrados que, por exemplo, no Brasil, em mais de 100 anos de 'república', ainda continuam a votar nos escravagistas e em qualquer santo Cifrãotirano. Sentem eles, e elas, e sentimos nós, imensa preguiça e cansaço em aprender, mas têm/temos imensa disposição de adorar, principalmente às imagens, pois são coisas que se pode ver e que ensejam convicções de  podermos tocar e usufruir delas. Somos animais que nos percebemos e queremos materiais, muito mais que espirituais. Por isto, ao acúmulo material dedicamos esforço, empenho e compromisso diário pleno, enquanto ao espiritual encenamos alguns ritos, semanais, se tanto. Contraditoriamente, por tais  causas é que pouquíssimos chegamos aos elevados altares dessa religião cifrada e cifrônica, pois os de cima sabem que para manterem aura de santos e as inúmeras coleções de imagens que as sustentam, precisam que os de baixo não ascendam, embora estes muito sonhem com isso. Parece imprescindível aos dos altares mantê-los escravizados, do nascimento à morte.

Humanidade! Balela que nos venderam! Em não suaves prestações, que duram até que a morte nos separe. A humanidade dos 'santos' é uma, a da ralé pecadora, outra. Ainda assim muitos insistimos em adorar tal carrasco deu$, e muitos renegamos o outro, aquele, que diz de quão imenso valor é o amor.

Àquele, que nos revelou a melhor e mais eficaz nova ao mundo, pouca atenção real ou divina adoração lhe damos, e os seus alegados administradores O têm  mantido em pauta, para tentar aniquilá-lo, pela deturpação de suas mensagens e práticas. As imagens do Malacheia parecem convencer mais, pois aparentam, como é próprio das imagens, render resultados mais perceptíveis e imediatos.

Assim é que os adoradores do Fachada chamam de 'valores' às imagens desse seu deus, seus reflexos, sombras e bafos, e os adoradores daquele outro que indica o amor, os adoradores de outros ainda, também imateriais, assim como muitos não adoradores, reconhecem 'valores'  a outros bens, os quais, ainda que tenham aprendido a avaliar, pelos resultados que causam, não podem ser facilmente medidos, contados, trocados em escala material visível, presumível, não se pode pô-los a juros, alugá-los, vendê-los, pagar com eles a conta do restaurante. O deus Grana é essencialmente um deus exterior, que pode ser vestido, nos levar num avião, nos envolver em uma mansão, que pode até entrar em nosso corpo, passar pela boca, estômago e sair por onde é normal que saia. Os outros, que vão além da matéria imagética, chegam a incomensuráveis dimensões, portanto difíceis de serem percebidas, requerem muito mais atenção e uso de sensibilidade, motivos pelos quais não são muito populares, contentando-se, grande parte da população, com mantê-los como seus planos D, ou E, se tanto, caso os adorados planos $A, $B, $C  não funcionem.

Agora, nesta época em que as igrejas evangélicas do Grana estão à toda, tendo conquistado vários governos no mundo, inclusive o do BB-Brazil, talvez não seja o mais confortável momento para alertar sobre essas coisas... Por outro lado pode ser um momento exato e imprescindível, pois o alerta é ainda e por demais  necessário.


Comentários

Polistyca disse…
E a Copa do Mundo no Brasil, hein? Em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis.
“Muito engana-me, que eu compro”
E o PT®? Qual o poder constante de sua propaganda ininterrupta?
Eis:
Vive o PT© de clichês publicitários bem elaborados por marqueteiros. Estilo do brilhante e talentoso João o Milionário Santana. Nada espontâneo.
Mas apenas um frio slogan (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Não tem nada a ver com um projeto de Nação.
Eis aqui a superficialidade do PETISMO:
0.“Coração Valente©”
1.“Pátria Educadora™” [Buá; Buá; Buá].
2.“Pronatec©”
3.“A Copa das Copas®”
4.“Fica Querida©”
5.“Impeachment Sem Crime é Golpe©” [lol lol lol]
6.“Foi Golpe®”
7.“Fora Temer©”
8.“Ocupa Tudo®”
9.“Lula Livre®”
10.“®eleição sem Lula é fraude” [kuá!, kuá!, kuá!].
11.“O Brasil Feliz de Novo®”
12.“Lula é Haddad Haddad é Lula®” [kkkk]
13.“Ele não®”.
14.“Minha Casa, Minha Vida©”
15.“Saúde não tem preço®”
16.“Haddad agora é verde-amarelo®” [rsrsrs].
17.“Rede cegonha©”
18.“LUZ PARA TODOS™” (KKKKK).
19. (…e agora…): “Ninguém Solta a Mão de Ninguém©”
20.“Água para todos©” (é mesmo?)
21.“Mais Médicos®”
22.PT = “Controle social da mídia" [™] (hi! hi! hi!): desejo do petismo.
23.“Brasil Carinhoso©” [que momento açucarado].
24.“Bolsa Família®”
25.“SKOL®: a Cerveja que desce RedondO”.
PT© é vigarista e aderente ao charlatanismo.
Vive de ótimos e CALCULADOS mitos publicitários.
É o tal de: “me engana que eu compro”.
Produtos disfarçados, embalagens mascaradas e rótulos mentirosos. PT!
Nós todos apreciamos consumir alguma coisa, com certa constância. Então isso seria bom... Mas não nesse caso. PT é uma farsa, um simulacro.