Fagulhas
E logo desaparecem no horizonte
Encaminho-lhe um pedido viajante
Na hora mutante da noitinha
Uma moedinha de esperança lanço
Da margem, ao profundo lago da noite
E bem enlaçada com fita de prece
Sobre papel rasgado de borda celeste
Lavado, pintado
com traços de óleo, oceano, chama, aquarela
Nestes dias do ano que finda
A felicidade anda bem inspirada
Pelo circuito que traz de volta o novo
Na Criança nascida há séculos
Na percepção de que
havendo estrelas cadentes
É por que há estrelas que nascem
Bem por isso é que tu és
Estrela nascente, jovem, madurinha
E que no Universo infinito navegas
Assim como é bem aqui
nestes momentâneos versos
Que o faiscante lume de nosso encontro
Em excelso brilho resplandece
Jean Scharlau
Nestas semanas natalícias de 2022 para 2023
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