Tinha assistido há pouco o filme "Leila Diniz", de 1987 - um sopão de clichês com um pouco de orégano. Olhem só o elenco de "Leila Diniz": Louise Cardoso (no papel de Leila), Paulo César Grande, Diogo Vilela, Marcos Palmeira, Carlos Alberto Riccelli, Marieta Severo, Tony Ramos, Antônio Fagundes, Karen Acioly, Yara Amaral, Rômulo Arantes, Otávio Augusto, Pedro Bial, Sérgio Cabral, Denis Carvalho, Hugo Carvana, Chacrinha, Arduíno Colassanti, Tarso de Castro, Mariana De Moraes, André Felipe, Stênio Garcia, Luiz Fernando Goulart, Wilson Grey, Marcos Jardim, Guilherme Karan, Jorge Laffond, Monique Lafond, Danuza Leão, Oswaldo Loureiro, Eduardo Mascarenhas, Cláudia Mauro, Ilva Niño, Waldir Onofre, Nildo Parente, Jayme Periard, Tânia Scher, Paulo Villaça, José Wilker, Vera Zimmerman.
E o filme? O filme é uma nhaca. Já esse "Filhos de F., musicados e prostituídos", que eu achava que seria nhaquíssimo, é um bom filme, com as, vá lá, músicas, parte de todo o cenário degradante e cruel que, diga-se para o mérito dos produtores, é mostrado até quase o final do filme. Claro, essa crueza pode ter a ver com uma pretendida identificação com o público consumidor, mas ao menos foge daquele negócio de "pobre gosta de luxo, quem gosta de lixo é rico". Um bom filme, também cheio de clichês, mas dez vezes melhor que o tal "Leila Diniz". No canal Brasil, simultaneamente ao Filhos de F. estava passando O Bandido da Luz Vermelha, que eu dei umas olhadinhas de novo, nos momentos de maior tortura auditiva franciscana. Ainda assim recomendo o F. de F. - é como ir a um boteco de vila e à casa de um dos freqüentadores, só que sem o risco. Eu sei do que estou falando, pois já tive brique de móveis usados - aliás, o armário da salacozinha dos Camargo (no filme, óbvio) é igual a um armário que comprei de um cara de quase 60 anos que estava se separando da mulher e que hoje está com meu irmão. No filme o armário é vemelho e o que eu comprei era azul.
E o filme? O filme é uma nhaca. Já esse "Filhos de F., musicados e prostituídos", que eu achava que seria nhaquíssimo, é um bom filme, com as, vá lá, músicas, parte de todo o cenário degradante e cruel que, diga-se para o mérito dos produtores, é mostrado até quase o final do filme. Claro, essa crueza pode ter a ver com uma pretendida identificação com o público consumidor, mas ao menos foge daquele negócio de "pobre gosta de luxo, quem gosta de lixo é rico". Um bom filme, também cheio de clichês, mas dez vezes melhor que o tal "Leila Diniz". No canal Brasil, simultaneamente ao Filhos de F. estava passando O Bandido da Luz Vermelha, que eu dei umas olhadinhas de novo, nos momentos de maior tortura auditiva franciscana. Ainda assim recomendo o F. de F. - é como ir a um boteco de vila e à casa de um dos freqüentadores, só que sem o risco. Eu sei do que estou falando, pois já tive brique de móveis usados - aliás, o armário da salacozinha dos Camargo (no filme, óbvio) é igual a um armário que comprei de um cara de quase 60 anos que estava se separando da mulher e que hoje está com meu irmão. No filme o armário é vemelho e o que eu comprei era azul.
Comentários
Dois F. de F (hehe) como escreves, eh um filme hollywoodiano, produzido com intuitos hollywoodianos, com a mesma sequencia de todas as biografias musicais recentes. O diferencial eh justamente o Brasil, as situacoes brasileiras, a realidade brasileira nao muito distante do descrito, mesmo que dramatizado a fins de atracao das massas. Gostei do filme tambem, e eh claro que apesar de nao me identificar com as musicas, tambem entendo seu valor (nao posso admitir que elevem o status desses cantores, mas nao posso admitir que elevem o status de nenhum artista). O filme Cazuza - O Tempo nao Para, por exemplo, eh pior, mas nem preciso comparar os talentos, ne?
abraxao
RF
Perdoe-me, mas não consigo assistir filmes brasileiros. Raríssimos são bons, em minha pobre opinião. O último que vi foi Cidade de Deus, do qual gostei.
Quanto a esse dos Filhos de Francisco, ai, ai, não verei mesmo.
Mudando de assunto, estou comemorando um ano de amizade com você. Isso sim, é importante para mim. Apesar de raramente comentar, passo aqui para uma visita todas as semanas e leio tudo.
Afirmo que é um privilégio conhecê-lo virtualmente e à sua mente celeste.
beijos
Um abraço.
Sorte e saúde pra todos!