Que nos importa que a terra queime
Se assim temos regadores cibernéticos em nossos jardins
Que nos importa que morram de fome
Frio, peste e outros crimes
Se assim rodeiam-nos escravos descartáveis
Servindo em bandejas assépticas
Nossos desejos materializados
Que nos importa que a vida sangre
E antes do tempo de reproduzir-se
Se assim nossos dentes límpidos, brancos, perfeitos
Podem penetrar suavemente a tenra carne
Sem brutalizar os traços de nossas faces
Que nos importa que nada nos importe
Já que o funcionamento é totalmente automático
Se assim temos regadores cibernéticos em nossos jardins
Que nos importa que morram de fome
Frio, peste e outros crimes
Se assim rodeiam-nos escravos descartáveis
Servindo em bandejas assépticas
Nossos desejos materializados
Que nos importa que a vida sangre
E antes do tempo de reproduzir-se
Se assim nossos dentes límpidos, brancos, perfeitos
Podem penetrar suavemente a tenra carne
Sem brutalizar os traços de nossas faces
Que nos importa que nada nos importe
Já que o funcionamento é totalmente automático
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