As crianças têm a certeza de que mãe e pai só existem por causa delas e para elas. Elas têm essa mesma certeza sobre o mundo. Mas logo são conduzidas a aprender que pai, mãe e mundo têm regras próprias a serem seguidas. Isto, entretanto, configura-se-lhes apenas como um leve tremor que não abala aquela certeza estrutural inicial de ser o centro, a razão, o motivo de tudo. E o mais curioso disto é que é bem possível que estejam certas, e que errem mais e mais à medida em que crescem e amadurecem, até tornarem-se esses seres coadjuvantes e secundários que são os pais, as mães, os cidadãos do mundo.
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