Feliz ½ ano novo!

Que este meio ano que começa nos permita colher os bons frutos que plantamos e ainda que ganhemos outros pelo caminho. Temos já um belo início:

O Serra conseguiu arranjar um vice pior que o da Dilma. Marina imitou Lula e tem um vice que já é presidente, de empresa. Agora só precisamos saber quem é o vice do Plínio.

O TSE disse que podemos sim blogar fazendo campanha, que se não é lei, também não é fora da lei. E o Maluf , mesmo com empresa de lavar ficha suja, não poderá concorrer.

Lula fez, dia 29, um discurso na FIESP. Foi longamente aplaudido por toda a platéia e um terço dela aplaudiu em pé. Na sua maioria eram empresários, de origem italiana,  características que causam imensa dificuldade para abrir a mão, imagine as duas! Os empresários ítalo brasileiros estavam lá para recepcionar o Berlusconi, que se esmerou no discurso – anunciou parcerias comerciais, tecnológicas e comentou sobre seu time de futebol composto por onze brasileiros, o Milan – e mesmo assim não foi mais aplaudido que Lula.

O governo brasileiro, em vez de leiloar campos petrolíferos vai usar o petróleo contido neles para comprar ações da Petrobras, recuperando assim parte do que foi dado por Serra e FhDôso em troca de batatas com banana. Os trabalhadores que já compraram ações da Petrobras com seu FGTS poderão comprar mais. E quem sabe o governo federal, nesse meio ano que começa, use também outros minérios que estão debaixo do chão para comprar ações da Vale, uma vez que não retomaremos pelo Judiciário o que aquela dupla nos roubou.

A mobilização comunitária cidadã em Porto Alegre conseguiu impedir que todo um lado do Morro Santa Teresa, maior que vários dos bairros da Capital, fosse doado à construtora Maiojama-RBS. Talvez agora, neste meio ano novo, essa empresa famigliar construa uma unidade de luxo da FASE, em Santa Catarina, a tempo de ser inaugurada para um rebento da famíglia.

Um técnico de futebol, que foi também jogador de futebol, que já foi um esporte e atualmente é um tipo de produto midiático, disse não à maior empresa midiática do país, que tem no futebol um de seus principais produtos. Essa empresa há doze anos também fabricava presidentes da República. No Rio Grande do Sul, até quatro anos atrás ainda fabricava governadores do estado. Hoje parece que nem em São Paulo os fabrica mais. Que neste meio ano novo que hoje começa consigamos nós mesmos fazer nosso governador. E os paulistas o deles. E que renovemos a presidência da República em gênero, pois em número, 13, está no grau.

Os grandes produtores de arroz disseram não ao arroz transgênico (os produtores de trigo já haviam recusado a transgenia há tempos). Assim nós só temos que evitar que entre em nossa cozinha o óleo e outros piriris de soja, óleo, grão e farinha de milho, carne, leite e ovos com overdose de antibióticos e anabolizantes, refrigerantes e chicletes com aspartame, salgadinhos, embutidos, molhos, temperos, massas recheadas e dezenas de outros processados com glutamato monossódico, e o Louro José, pois essas coisas causam caroços no corpo e buracos no cérebro.

Que neste meio ano novo comamos muitas frutas, sem casca, por causa dos agrotóxicos, e melhor ainda: que tenhamos perto de casa um mercadinho, um armazém, um bar que venda a produção dos assentamentos da reforma agrária e da agricultura familiar.

Façamos planos de saúde, de alegria, de prosperidade. E se algum plano falhar, que o SUS, o amor e a auto hemoterapia nos protejam, que o PROUNI nos aprove e o Bolsa Família, o Seguro Desemprego e o Portal do Empreendedor nos guardem. Que Deus nos salve! E os governos ajudem.

Para conquistar mais, continuemos, com protestos, organização, blogagem, passeatas, votação.

Comentários

Anônimo disse…
Prezado. Rezo contigo. principalmente na parte sobre a Auto-Hemoterapia...
Por isso divulgo-a diariamente... Pesquise que realmente pode ser a nossa salvação..

Olivares Rocha
olivares@oi.com.br
truta disse…
Que neste meio ano novo sejamos acima de tudo felizes, um pouco mais humanos, menos egocêntricos, que sejamos mais éticos e morais com nós e com os próximos.