Aos que acusam o governo de assistencialismo pelos programas Fome Zero e Bolsa Família

Socorrer os cidadãos que encontram-se em risco iminente é obrigação primordial e urgentíssima do Estado. Ponto.

Caso esses críticos quisessem ser coerentes deveriam reclamar também pelo governo ter mandado a Força Aérea para resgatar os estudantes que se acidentaram a caminho de La Paz e os brasileiros que estavam na Palestina quando dos ataques de Israel.

Esse discursinho de assistencialismo é velho e pela direita significa: “o governo fica dando comida a esses vagabundos em vez de mandá-los trabalhar” e pela extrema-esquerda (que dá a volta ao mundo e encosta na direita): “o governo dá comida ao povo e o transforma em vagabundos, em vez de lhe arrumar trabalho”.

Comentários

Anônimo disse…
CEM POR CENTO apoiado, Jean

abrax

RF
Anônimo disse…
Jeanscha, certa feita, tomado de uma febre neoliberal, resolvi, em vez de dar peixe ao mendigo que esmola aqui perto de casa, ensiná-lo a pescar. Ciente da minha tarefa cidadã, comprei uma vara de pescar para o indigente e, feliz, presenteei-o com a mesma. Ele adorou e se sentiu muito bem. Só reclamou um pouco da consistência do material e da falta de sal, mas comeu a vara inteirinha e, de sobremesa, o molinete. * A la pucha, tchê! O senhor muito me honra me colocando entre os colunistas de "O Lobo", seu Jeanscha. Fiquei todo besta. Ainda mais porque ali estou em ótima companhia. Gracias.
Anônimo disse…
Pô Jean. Vc é inteligente demais para fazer uma comparação como essa. No caso de La paz ou do Líbano foram ações pontuais.

O BF, pelo contrário, é um processo que não tem contrapartida e não se sabe onde vai parar. Ou vc acha que este custo pode ser suportado para todo o sempre?

Com relação ao Bolsa Família: dar é muito fácil. Parar de dar é que é difícil.

Quanto ao dircursinho de assistencialismo vai um ditado nordestino:

Esmola a um homem são ou mata de vergonha ou vicia o cidadão;
Jean Scharlau disse…
Serjão, a fome também é pontual, quando se come diariamente.

Teu pai e mãe não achavam que te davam esmola quando serviam, café, almoço, janta, cama e roupa lavada, entre outras coisas, embora eles pudessem até pensar que aquilo fosse um investimento sem contrapartida e pudessem também pensar: teremos que fazer isto para todo o sempre? Suportaremos esse custo? Felizmente depois de 16, 18 ou 30 anos resolveste aliviar em casa e foste à luta não é mesmo? Ou será que o cidadão ficou viciado e ainda está na casa de mamãe? Não creio. A questão principal aqui, caro Serjão, é que os remediados e alimentados acostumaram-se a ver seus irmãozinhos bem pobres, órfãos de almoço, janta e cineminha como se fossem outra espécie, um tipo de larva, coisa assim, por causa da moda criada pela estúpidificante-esperta cultura midiático-econômica colonialista.
Pense um pouco com teu coração de pai. Abraço. Jean.
Anônimo disse…
Jean, é isso aí...colocou muito bem. É impressionante as pessoas acharem que estão "dando peixe" ao repassarem 15 a 40 reais para uma criança pobre. E mais impressionante não se darem conta de que não estão dando nada, estão devolvendo uma mísera parcela do que nós, classe privilegiada, devemos a nossa população excluída. Trabalho como voluntária com a periferia da minha cidade e fico amargurada de ver tanta fome, tanta miséria, tanta falta de tudo (inclusive água e luz) enquanto aqui no centro a burguesia se esbalda em festas e compras de supérfluos, e ainda tem a desfaçatez de meter o pau no bolsa família.
Anônimo disse…
Eu só compreendi o Bolsa família quando raciocinei que tenho que parar de pensar como classe média martirizada, e passei a ver com olhos de puro ser humano e cidadão. Por trás desse assistencialismo (é assistencialismo, sim, mas não clientelismo pq é universal) há famílias que sofriam de insegurança alimentar severa, crianças crescendo subnutridas. O que reserva o futuro para uma criança que não tem o minimamente necessário para desenvolver seu raciocínio e seu corpo? Adianta dar escola, oferecer emprego, que nesse caso só poderá ser sub-emprego? Espero realmente que funcione, e acredito que esse programa, mesmo que represente pouco investimento para o país e para a nação, terá um poder enorme para tornar suportável a vida do nosso povo. Acho que é o mínimo que nosso altruísmo deve manifestar-se. E não é esmola, é restituição!
Anônimo disse…
Ainda bem que vc admite; Lula é o novo pai dos pobres (rs). Agora falando sério vc faz outra comparação infundada. Mas o debate tem que ser o que se está fazendo por esta população para que ela pertença não a uma classe que recebe esmolas e sim que faça parte da população economicamente ativa. Isso mesmo. Se instruir, trabalhar e fazer este país crescer. E NÂO DEPENDER DE GOVERNO ALGUM. É a visão que eu tenho do mundo. Trabalhar para melhorar.

Glória; Pena que eu não devo falar nada do que é o meu real perfil. Mas serei direto e reto. Provavelmente vc terá que nascer e morrer três vezes para ver na vida o que eu já vi de miséria. Por isso me sinto vontade para considerar qualquer programa assistencalista como perpetuador de uma dependencia que não leva a lugar nenhum. E acredite-me: estou longe, muuuuito longe de ser burguês.
Anônimo disse…
esse é para o tal de Serjão...que falou um amontoados de bobagens, bemcoisa de quem nao sabe do que ta falando...deve ser do mesmo time dos que pensam que o "ignorante"do Lula nao serve para Presidente (dele, naturalmente) aqui vai um pouco de instrucao, alias, é o minimo que se deve ter para criticar alguma coisa. Ô Serjão, levanta o traseiro da cadeira, e va' "se instruir"...para nao passar um atestado de ignorancia, face a falta de argumentos.

http://www.mds.gov.br/programas/transferencia-de-renda/programa-bolsa-familia
Anônimo disse…
ainda pro Serjao...

quanto ao tempo BF, poderia te dizer que nao so da pra aumentar o valor, como para estender a um numero, quase que 16 vezes maoir de participantes, haja vista que o mesmo consome uma insignificancia de 0.5% (meio por ceto) do PIB!!! Enquanto que os juros da divida publica, consomem 8%!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (OIIIIIIIIIIIIITTTTTOOOOOOOO por cento) do PIB nacional!!!!!!!!!!!Se ao inves de criticar coisa que tu nao entende, passe a criticar coisa que tu nao sabia, e que agora sabe, que sao os juros da divida, que teras multidoes te aplaudindo...inclusive este que te escreve, atraves do blog do Jean. Obrigado Jean, por tomar teu espaço, mas nao tolero criticismo inconsequente, travestido de verdades.
Serjão disse…
Caro Pinheiro
Para começar não lerei propaganda de governo. Tenho mais o que fazer. Quanto ao Lula, fique certo que ele é realmente ignorante. E além disso, semi-analfabeto e alcóolatra (são fatos, não precisa me contestar). Como já expliquei lá em casa, não se trata de preconceito. É antes de tudo um conceito. Tenho o conceito de que o presidente de um país deve ser um homem com apreço ao trabalho, com um currículo escolar ao menos digno e sem vícios aparentes. E claro, se não for corrupto também é bom negócio. Isso mesmo o país sendo o Brasil. Tenha certeza disso: ainda se rirá muito de termos tido um presidente como Lula. É antes de tudo uma evolução e não adianta tentar queimar etapas. Outras nações conseguiram mas estamos no Brasil, fazer o quê.

Também não estou discutindo a lógica econômica do BF. Vejo pelo lado social como uma coisa que deve ser desenvolvida pelo pelo aspecto emergencial. Se isso continuar a ser feito o que se criará é dependência do estado. O que é muito interessante para o governante que é visto como salvador e continua ganhando votos. Eu acho incrível que não se respeite o fato de eu morara no Rio de Janeiro; É terra dos Garotinhos que são reis em fazer isso. Sei com0o funciona. E haja welfare state (vai no google, cara). E se vc quiser saber também quem tem uma opinião semelhante à minha minha sobre o BF dê um pulo em http://serjaocomentadoceu.blogspot.com/2006/10/o-bolsa-famlia-assistencialismo-puro.html

E não deixe de ver quem declarou isso nos comentários.

Não há nada travestido de verdades. É apenas opinião. E o Jean já me conhece de outros carnavais e sabe que eu respeito o contraditório caso contrário não estaria aqui. Eu prefiro o beneficiário do Bolsa família integrado à economia e não tratado como um coitadinho que não tem como lutar por sua sobrevivência.

Abraços, Jean
Anônimo disse…
Caro Jean, vou ilustrar essa discussão com um exemplo dado pelo meu professor na faculdade. Ele reclamava do "Bolsa Esmola" (nas suas palavras) porque agora está mais difícil encontrar gente disposta a trabalhar como caseiro no sítio dele. "Todo mundo quer carteira assinada e salário mínimo", pois do contrário "preferem ficar no Bolsa Família". "Agora", ele continuou dizendo, "eu tenho até medo de contratar quem aceita que eu não registre a carteira. Depois ele vai me ferrar na Justiça do Trabalho."

Acho que esse é um ótimo exemplo que demonstra a extrema atualidade dos conceitos de esquerda e direita. O cidadão de direita fica indignado com trabalhadores exigindo seus "direitos". Quem é de esquerda, fica feliz por um outro efeito colateral positivo do Bolsa-Família: as pessoas mais simples não precisam mais se "prostituir" aceitando qualquer serviço em troca de uns poucos trocados, saneando assim o mercado de trabalho.
Jean Scharlau disse…
Pessoal, concordo com vocês, exceto com Serjão, que insiste em usar Veja, Mainardi, ou algum clone como sua principal fonte de informação. Abraços.