Senadores querem Segredão e Escurinho

Se deputadinhos gostam de chamar a si mesmos de nobres, senadorezinhos julgam-se príncipes, inclusive vitalícios, como Simon. Seus eleitores e representados que os desculpem, mas a decisão deles é segredo e ninguém tem nada com isso. Dizem que foram gerados no segredo do voto e invocam os mesmos condicionantes e prerrogativas de quem os elegeu.

Só que há aí uma diferença capital e social: quem os elegeu não representa ninguém a não ser a si próprio. Os principescos senadores, por outro lado, quando votam o fazem como representantes de milhões de pessoas e não deveriam poder esquivar-se do compromisso e esconder as provas de que as estão representando de fato, ou de que não estão. Olhem bem quem vota pela manutenção dos sigilos nas votações - provavelmente são os mesmos que precisam da imunidade criminal. Nada disto nos surpreende, não é verdade? Mas deve nos estimular a uma saudável e vigorosa reação.

Comentários

Anônimo disse…
Jean, num senado que tem gente da estirpe de ACM, Antero Paes de Barros, José Agripino Maia, Heráclito Fortes, herr Jorge Argh Bornhausen, Arthur Gosto de Carne Nova Virgílio, Tasso Dá o Meu Aí Jereissati, esperar o quê? É um antro de sacanagem!
Cé S. disse…
Estes meros representantes que se coloquem nos seus lugares de meros representantes.

Estamos em uma uma república democrática. A excelência é o cidadão, o eleitor e dono da decisão última é o cidadão.