CARTILHA BÁSICA - Lição I

  • Os 5 poderes da república.

    1 - O econômico - (donos de empresas de finanças, comércio, indústria, agricultura, mineração, serviços).
    2 - A mídia - (a importância da comunicação tornou este ramo de serviços muito mais do que parte do poder econômico, tornou-o o segundo poder, concentradíssimo).
    3 - O judiciário - (juizes, desembargadores e outras majestades).
    4 - O legislativo (vereadores, deputados, senadores, todos membros da nobreza).
    5 - O executivo (presidente, governadores, prefeitos e outras excelências).
    O poder 1 é o que manda, no poder 2 (diretamente, já que são os mesmos donos, ou amigos) no poder 3 (eventualmente de forma direta e indiretamente através de advogados caríssimos) no poder 4 e 5 (diretamente, elegendo seus mandaletes e/ou comprando seus serviços depois, ou indiretamente, através do uso dos serviços do poder 2 para direcioná-los). Em alguns casos os próprios membros do poder 1 e 2 assumem cargos nos poderes 3, 4 e 5.

    Vez que outra ocorrem exceções, em qualquer uma das regras.

Comentários

Anônimo disse…
Exemplo - o poder judiciário.
Por Helio Fernandes na Tribuna da Imprensa, dia 3/2/06.

Nelson Jobim, o presidente do STF já deveria ter perdido o mandato há muito tempo, não por suas atitudes públicas (também por isso) mas pela atuação no âmbito interno do próprio Supremo Tribunal Federal. Jobim desde 1997 até hoje, PEDIU VISTA EM 16 PROCESSOS, E ATÉ AGORA NÃO DEVOLVEU NENHUM. O que dizer de um "magistrado" como esse?

Podem se estarrecer à vontade, mas tomem nota das datas dos processos com VISTA para o ministro Jobim e que até hoje estão com ele, ciosa e sigilosamente engavetados. E além de não DEVOLVER nenhum processo, no dia 28 de abril de 2004, Jobim pediu RENOVAÇÃO DA VISTA de 14 processos. TODOS NO MESMO DIA. Vejamos desde quando o presidente do Supremo retem esses processos que devem ser tão complicados de entender, que alguns estão GUARDADOS com ele há 9 anos. INACREDITÁVEL.

1º - 30/12/1997.
2º - 26/3/98.
3º - 7/5/98.
4º - 1/7/98.
5º - 2/12/98.
6º - 9/2/99.
7º - 8/6/99.
8º - 10/8/99.
9º - 3/7/2002.
10º - 27/9/2002.
11º - 8/7/2002.
12º - 9/10/2003.
13º - 10/11/2003.
14º - 10/11/2003.
15º - 15/11/2003.
O 16º tem como relator o próprio Nelson Jobim. Os autos estão conclusos desde 19/3/2003. Basta isso ou precisa mais alguma coisa?

Apesar dos notáveis que tomaram a providência, da coerência e a coragem de Ivan Nunes Ferreira, não conseguirão coisa alguma. Jobim continuará no Supremo até o dia que bem entender. Ou então, saindo e se julgando sem mancha e sem mácula, retomando a marcha para outros cargos.

PS - Este repórter sozinho e por DEZENAS DE VEZES, tem acusado Nelson Jobim por falta de compostura e de decoro. Desde que ele foi tomar banho NU com o então presidente FHC, na Ilha Grande. Isso deveria invalidar para sempre o conceito e a identificação de Nelson Jobim como MAGISTRADO.
Anônimo disse…
Comentário meu a texto da socióloga
Maria Lucia Victor Barbosa, no blog Alerta Total, do jornalista Jorge Serrão.

O PODER EMANA DO POVO (E MANDA E MOLDA O POVO)
Jean Scharlau disse...
Cara Maria Lucia, o povo brasileiro mais pobre, que é a maioria, desde que há Brasil tem sido prensado contra o barranco, empurrado ao precipício, ou simplesmente deixado à própria sorte. Sempre soube também esse povo, que os políticos metem mesmo a mão como se boa parte fora deles e até fica parecendo que é direito adquirido. Assim esse povo mais pobre também foi dando jeito de dar seus pobres jeitinhos para sobreviver (ou viver um pouquinho melhor)e outras coisas que degringolam para pior. Sonegação (não emitir e não pedir nota fiscal, de comum acordo), contrabando (ir buscar ou encomendar do Paraguai, dos EUA), jogo (bicho, carteado, não os do governo) prostituição (quem vende e quem compra o serviço), tráfico (quem vende e quem compra), roubo (a bancos - admirados, e os pequenos roubos como o de toca fitas, são apoiados pelos que compram sabendo que é roubado) suborno (quem cobra e quem paga, sim porque no caso dos pobres o subornável geralmente cobra o suborno) pirataria (há cidades inteiras no Brasil organizadas para produzir artigos piratas) pistoleiros (comuns no nordeste e norte, mas presentes também no sudeste e sul) aborto (feito clandestinamente por médicos em troca de...Dinheiro - das jovens, seus parceiros e família) crimes passionais e por vingança (quase aceitos como justificáveis) acidentes automobilísticos e de trabalho (a maioria ocorrida por descumprimento de cuidados e normas, portanto culposa) colar nas provas, invasão e grilagem, venda de produtos c/prazo vencido ou proibidos, roubar no troco, roubar do caixa, dar o golpe do bau e golpe no sócio, agredir a mulher e os filhos, beber demais, vagabundear às custas dos outros, fazer cabrito no trabalho, separar algum do condomínio, vender gato por lebre, furar a fila ... Há mais, mas paremos aqui.

É claro que embora praticando, sendo conivente, complacente, vítima, prejudicado, beneficiado, ou apenas tendo conhecimento sobre a maioria desses crimes e contravenções, as pessoas esperam melhorar, esperam (talvez por imaginá-los melhores) que os que comandam o façam primeiro - o mito/generalização do rico, honesto, digno, feliz. Ora, como está dito em seu artigo, somos todos o mesmo povo, e todos já incursionamos na lista que fiz acima, como autor, vítima ou testemunha.

O que não dá pra aguentar é que as sujíssimas empresas de mídia (tele showrnal, rádio showrnal, shournal de revista) e a escória política venham com sua empáfia, bater todos os dias nos nossos ouvidos a tecla do clamor pela moralização, como se fossem eles a vanguarda da melhoria da raça. Não, isto não podemos aturar. São criminosos ainda maiores, agora cometendo mais um crime, o de enganar-nos de novo e com tal ousadia que querem passar por bons ao chutar quem caiu no atalho que eles usam há décadas (e que é só o menor de seus crimes). Chicote neles!

Jean Scharlau