Os colonos do novo mundo

Primeiro ouvimos as promessas, avidamente,
e logo descobrimos o consumo:
– Ah, a vida é maravilhosa!

Depois se descobre a conta
e os nossos parcos limites.

Aí descobrimos a dívida
e os juros da agiotagem mafiosa
(sim, estou falando das financeiras e cartões de crédito, dos bancos,
empreiteiras, conglomerados industriais, comerciais, fundos de pensão,
pois todos, afinal, um só poder é que são: o do capital).

Percebemos a conivente subserviência dos governantes,
dos nossos eleitos representantes,
da elite dos funcionários públicos, da mídia,
dos jornalistas do lado de lá do balcão.

Notamos as absurdas perdas sociais,
educacionais, evolutivas, ambientais e então,
tristemente,
notamos enfim nossa própria conivência,
nosso próprio vício, cooptação
e besta orgulho, ignorante de tantas fraquezas...

E só não desabamos,
porque já estamos no chão.

Comentários

O que efetivamente importa - e o resto é baboseira ou tolices ideológicas -- é que o povo, o sábio povo quer comprar em 10 vezes no cartão. E a boa presidentA já pediu: brasileiros consumam!
Jean Scharlau disse…
O Maia não faia.
Rocco disse…
Como bem disse o Maia, o povo é sábio e quer Serra e demais privatas fora do governo.