Trabalhador celetista R$ 1.321,40
Poderes da União
Servidores do Executivo Militar.....R$ 3.555,71
Servidores do Executivo Civil.........R$ 5.145,27
Servidores do Legislativo................R$ 12.177,07
Servidores do Judiciário.........R$ 28.075,48 *
Somos julgados por ETs, por oligarcas de um Olimpo Plutocrático brasileiro.
Em nada pode admirar-nos a presteza dos togados em proteger das algemas e das grades as mãos dos compadres de colarinhos brancos. O Poder Judiciário, com seus “salários”, qualifica-se e apresta-se a zelar pelo franco progresso dos cânceres da República e assim torná-la uma doente e deformada “Reparticular”.
Como poderia um homem que açambarca 28.000 reais por mês conhecer para julgar com justiça o cotidiano de homens que ganham mil e trezentos, que ganham quatrocentos reais, ou que nada ganham? Como deixamos os que têm a função de julgar tornarem-se privilegiados oligarcas? Como pode ser atribuída aos que recebem tamanho e injusto privilégio monetário e social a função de definir o que é justo para os outros e mandar-lhes aplicar?
Não é possível vislumbrar justiça alguma nesse triste e absurdo horizonte, onde pontificam cumes de insensatez envoltos em densa névoa de ignomínia segregacionista, que emana de cabeças vedadas pela alienação das dificuldades de seus concidadãos, através de superprivilégios tramados sob escuros panos que escondem uma nova ordem ditatorial corporativa, sentenciada diariamente do alto de prédios faraônicos onde campeia a ímpia indiferença, descaso, desprezo e repulsa para com o povo que, de outra forma e em outro arranjo, deveria ser respeitado como o constituinte de uma grande nação, hoje abafada, sufocada e exaurida sob espessos mantos pretos.
*Atualização às 18:10 - O Professor Bergamini informa que esta média é do 1ºtrimestre e que o valor da média anual é menor, pois os servidores do Judiciário recebem o 14º salário em janeiro, o que aumenta a média do 1º trimestre.
Comentários
Concordo que haja distorções (como o recesso e os feriados, e até mesmo de remuneração) mas esses dados aí são absurdos.
Abraço!
Abrs!
parabéns pela disposição em esclarecer. Só gostaria de fazer um reparo: não há 14° salário. O que ocorre é que o 13° é dividido em duas partes, uma paga em janeiro e outra em dezembro. E mesmo que pareça privilégio receber de forma tão adiantada a 1ª parcela do 13°, vale lembrar que janeiro é um mês folgado para os cofres públicos, pois há vários tributos que ingressam nessa época, especialmente os que incidem sobre o 13° das outras categorias, valendo a pena para o governo quitar antecipadamente esta despesa.
No mais, concordo com sua avaliação acerca do descolammento da realidade que há nos tribunais, e o compromisso muito maior com as elites do que com o povo.
Grande abraço!
Confesso que estou curioso para ver onde tudo isto vai dar. O populacho já sacou que os altos escalões da Justiça estão descaradamente a favor dos que têm grana. Os "magistrados" capitaneados por Mendes, por sua vez, estão se lixando para a voz rouca das ruas. Tô com um cutuque que qualquer hora o caldo vai entornar de vez. Como nos meus tempos de guri, será o embate entre a Rua de Cima X a Rua de Baixo. Os Com camisa X os Sem camisa. Do pescoço pra baixo, tudo é canela. Já comprei minha bengala.
PS: o advogado da Véia também faz parte da Escolinha do Gilmar. É tudo uma cambada só.
Um abraço.
Comarcas do Interior são custeadas pelas prefeituras em prejuízo da isenção dos juízes e até dos promotores
FERNANDO ARAUJO – faraujofilho@yahoo.com.br
Afora a Capital, todas as comarcas de Alagoas só funcionam com ajuda das prefeituras, que pagam os servidores, água, luz, telefone, alimento e até o combustível para o carro do juiz. É o que a procuradora federal Niedja Kaspary chama de simbiose da promiscuidade. “Tem juiz que recebe até televisor LCD”, disse Kaspary ao condenar essa relação promíscua entre justiça e prefeituras.
Para o juiz Marcelo Tadeu - um dos poucos magistrados a marcar presença na audiência pública do CNJ - esse desordenamento sempre acaba influenciando as decisões dos juízes, principalmente quando prefeito e município são réus no processo. Perseguido por querer trabalhar certo, ele culpa o TJ pelo caos na justiça de primeiro grau – responsável por mais de 90% dos processos - e sugere a todos os juízes do Interior que dispensem os favores do município para forçar o Tribunal de Justiça a tomar uma decisão, já que até agora tem sido omisso nessa questão crucial.
“Veja o caso de São Miguel dos Campos onde os juízes estão pagando pela omissão do Tribunal de Justiça, que não dá conta da sua estrutura de primeiro grau no Interior, deixando os magistrados a mercê do poder público municipal”, disse Marcelo Tadeu referindo-se às denúncias de improbidade administrativa contra todos juízes daquela comarca. “É bom que fique claro que a Dra. Eliane Normande, administradora do fórum de São Miguel, é uma juíza séria. Tanto que procurou o presidente do TJ para assinar o convênio com a prefeitura e legalizar a situação, mas ele negou-se a assinar o documento”.
O leitor observou:
Azenha, isso eu vi pessoalmente.
Tava na audiência pública do CNJ e isso foi passado na cara da gente
Pessoalmente, acho que essas parcerias não acontecem por falta de dinheiro, isso é um estratégia do TJ para não mexer com o duodécimo do Tribunal.
Todos sabemos que no final do ano existe a divisão da sobra, uma espécie de décimo quarto salário.
Houve um ano em que a divisão ficou assim: desembargador, 40 mil reais; juiz, 20 mil reais; escrevente, escrivão e oficial de justiça, um décimo quarto salário.
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/alagoas-prefeitos-mandam-na-justica/
Comarcas do Interior são custeadas pelas prefeituras em prejuízo da isenção dos juízes e até dos promotores
FERNANDO ARAUJO – faraujofilho@yahoo.com.br
Afora a Capital, todas as comarcas de Alagoas só funcionam com ajuda das prefeituras, que pagam os servidores, água, luz, telefone, alimento e até o combustível para o carro do juiz. É o que a procuradora federal Niedja Kaspary chama de simbiose da promiscuidade. “Tem juiz que recebe até televisor LCD”, disse Kaspary ao condenar essa relação promíscua entre justiça e prefeituras.
Para o juiz Marcelo Tadeu - um dos poucos magistrados a marcar presença na audiência pública do CNJ - esse desordenamento sempre acaba influenciando as decisões dos juízes, principalmente quando prefeito e município são réus no processo. Perseguido por querer trabalhar certo, ele culpa o TJ pelo caos na justiça de primeiro grau – responsável por mais de 90% dos processos - e sugere a todos os juízes do Interior que dispensem os favores do município para forçar o Tribunal de Justiça a tomar uma decisão, já que até agora tem sido omisso nessa questão crucial.
“Veja o caso de São Miguel dos Campos onde os juízes estão pagando pela omissão do Tribunal de Justiça, que não dá conta da sua estrutura de primeiro grau no Interior, deixando os magistrados a mercê do poder público municipal”, disse Marcelo Tadeu referindo-se às denúncias de improbidade administrativa contra todos juízes daquela comarca. “É bom que fique claro que a Dra. Eliane Normande, administradora do fórum de São Miguel, é uma juíza séria. Tanto que procurou o presidente do TJ para assinar o convênio com a prefeitura e legalizar a situação, mas ele negou-se a assinar o documento”.
O leitor observou:
Azenha, isso eu vi pessoalmente.
Tava na audiência pública do CNJ e isso foi passado na cara da gente
Pessoalmente, acho que essas parcerias não acontecem por falta de dinheiro, isso é um estratégia do TJ para não mexer com o duodécimo do Tribunal.
Todos sabemos que no final do ano existe a divisão da sobra, uma espécie de décimo quarto salário.
Houve um ano em que a divisão ficou assim: desembargador, 40 mil reais; juiz, 20 mil reais; escrevente, escrivão e oficial de justiça, um décimo quarto salário.
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/alagoas-prefeitos-mandam-na-justica/