Uma notícia, uma possibilidade, uma análise

Cientistas australianos descobrem como fazer o sujeito largar a birita. Ratos alcoólatras resolveram ficar em casa com a família e deixar de dar um pulinho ao buteco depois de submetidos a tratamento na terra dos cangurus pernetas. A coisa não tem a ver com balanços de consciência e auto-avaliações retrospectivas de final de ano, mas com as células hipocretinas dos alcoólatras e com as hipercretinas dos abstêmios. A experiência até agora só foi feita com ratos, mas todo homem que ao beber se transforma em um deles pode ter grandes esperanças de cura. Leia aqui.

"Cientistas americanos observaram 158 descendentes de judeus da Europa Oriental, com 95 anos ou mais. Um quarto dos que viveram até a idade média de 100 anos apresentaram uma variação genética que aumenta o tamanho das partículas do "bom" colesterol (HDL) no sangue. Os premiados com a característica também preservam intactas as habilidades de pensar, aprender e lembrar, e são protegidos contra o mal de Alzheimer." Os cientistas divertiram-se muito com as histórias contadas pelos velhinhos e só não sabem ainda se isto tem a ver com os judeus, com a Europa Oriental ou com o boom do "bom" colesterol. Aqui.

E o cientista polichinelo polivalente Jean Scharlau, num recente artigo publicado no blog internacional Reação Cultural e na revista empírica papírica virtual O Lobo, faz uma análise do transcorrido (e bota trans e corrido nisso) ano de 2006, apontando ainda possíveis caminhos para 2007. Além de ratos foram utilizadas várias outras espécimens no estudo. Leia no Reação, ou n'O Lobo.

Comentários

Anônimo disse…
Boas novas parece, hem? Queria eu fazer parte desses judeus hehe

Bons dias ai proce, Jean!

abrax

Roy
Anônimo disse…
Salve Jean.
Excelente o artigo lá no Reação.
Feliz Ano Novo. Tudo de bom pra você.
Jean Scharlau disse…
Dependência está relacionada a um gene mutante

NEW YORK. Pesquisadores da Universidade de Maastricht, Holanda, descobriram um gene variante que parece influenciar o desejo de uma pessoa por álcool. De acordo com os estudiosos, o achado tem implicações importantes para a identificação de potenciais alcoólatras assim como para o planejamento do tratamento da dependência.

A mutação do gene envolve uma estrutura celular conhecida como receptor opióide mu. Em estudos prévios a estrutura se mostrou capaz de capturar a beta-endorfina, químico analgésico liberado pelo organismo em resposta à ingestão de álcool e outros estímulos. A continuação da investigação mostrou que na presença do alelo G - nome do gene variante - a captura é muito mais forte do que na presença do alelo A, mais comum. Além disso, entre os portadores do alelo G, estava um número maior de indivíduos que tinham abusado de drogas ilícitas.

O estudo acompanhou 84 homens portadores do alelo A e 24 com pelo menos uma cópia do alelo G. Também foi comparado o histórico de alcoolismo na família dos indivíduos. Desejo, despertar e salivação foram avaliados depois da exposição a doses de água e álcool por três minutos.

"Estudos como este são importantes para dizer sobre como um gene pode estar envolvido na dependência do álcool", avaliou em comunicado Kent Hutchison, da Universidade do Colorado.
http://jbonline.terra.com.br/editorias/cienciaetecnologia/papel/2007/11/01/cienciaetecnologia20071101004.html