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RAY BRADBURY - 1920 ! > 2012 ?
 
"Qualquer coisa que você sonha é ficção, e qualquer coisa que você conseguir é uma ciência, toda a história da humanidade nada mais é que ficção científica." (Pensador)
 

 
MORREU
 RAY BRADBURY, que me deu, através de bibliotecas públicas 
principalmente, na época, muita diversão, companhia, fascínio e foguetes ao 
pensamento. Vai, marciano! Boa viagem.
 
 "A grande diversão na minha vida foi levantar a 
cada manhã e correr para a máquina de escrever porque alguma nova ideia 
havia me ocorrido", declarou Bradbury em 2000.  (Terra)
 
 Em 1934 a família se mudou para Los Angeles, onde Ray se tornou 
fascinado por cinema, assistindo filmes até nove vezes por semana. 
Encorajado por um professor de inglês e pelos escritores profissionais 
que encontrou na Liga de Ficção Científica da cidade, deu início a uma 
rotina de bater pelo menos mil palavras por dia em sua máquina de 
escrever. 
 
 "Eu me divirto com ideias; brinco com elas", dizia, 
"Não sou uma pessoa séria e não gosto de pessoas sérias. Não me vejo 
como um filósofo, isso é muito tedioso. Meu objetivo é entreter as 
pessoas." (O Globo) 
 
 Seu livro de contos Crônicas Marcianas é uma alegoria sobre a Guerra 
Fria na qual os eventos no espaço servem como comentário sobre a vida na
 Terra. (Zero Hora)
 
 Em 1953, chegou às livrarias o seu trabalho mais famoso, "Farenheit 451".
 O livro conta a história de uma sociedade futurista em que os livros 
são proibidos. O título refere-se à temperatura em que o papel pega 
fogo. Em 1967, a história foi adaptada para o cinema por François 
Truffaut. (IG)
 
 Seu neto, Danny Karapetian, afirmou ao site de ficção científica "io9":
 "Se eu tivesse que dizer algo, seria o quanto eu o amo e sinto a sua 
falta. Estou ansioso para ouvir as lembranças de todos sobre ele". (Folha)
"Você não pode tentar fazer coisas, você deve simplesmente fazê-las." (frazz)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comentários
Selecionamos um pequeno trecho do livro “O Zen e a arte da escrita” pra vocês. Esperamos que gostem!
“… Foi apenas quando comecei a descobrir os prazeres e as dores que surgiam com a associação de palavras que comecei a encontrar um caminho seguro através do campo minado da imitação. Finalmente, descobri que, se você vai pisar numa mina, que seja a sua própria mina. Deixe-se explodir, como deve ser, pelos seus próprios prazeres e desesperos.
Comecei a fazer notas curtas e descrições de amores e ódios. Em meus vinte e um anos, perambulei pelas tardes de verão e meias-noites de outubro, farejando que havia algo nas estações claras e escuras que realmente era eu.
Finalmente, encontrei esse algo numa tarde, aos vinte e dois anos. Escrevi o título “O lago” na primeira página de uma história que terminou sozinha duas horas depois. Duas horas depois de eu estar sentado diante de minha máquina de escrever, na varanda ao sol, com lágrimas pingando da ponta do nariz e os pelos do pescoço arrepiados.
Por que os pelos arrepiados e o nariz escorrendo?
Percebi que, enfim, tinha escrito uma história realmente boa. A primeira, em dez anos de escrita. E não apenas era uma boa história, como também algo híbrido, algo beirando o novo. Não era apenas uma história de fantasmas tradicional, mas uma história sobre amor, tempo, lembrança e afogamento.”
Leia o conto "O Lago" aqui: https://docs.google.com/document/d/1d3ojmv3a_iuFBxdKew29rjmpzzgmB-9XiG9-LMjW20c/edit?pli=1