Usina de possíveis paraísos


Os biguás voam cheirando a flor d'água do Guaíba
Suas asas são pontes para o meu lado de cima

Garças pontuam uma clara interrogação:
Como é possível o belo entre tanto desvario?
Elas então se exclamam num vôo estopim: - nós somos!
Sua beleza inunda olhares com respingos de céu azul

Nas linhas que separam secos e molhados
Os peixes cambalhotam e rabanadam
Ignorantes de redes, bicos mergulhões, anzóis e afins
Adiante passam indiferentes os castelos flutuantes dos navios

Comentários

Anônimo disse…
Gostaria de parabenizar o autor das fotos, que acredito tenham sido feitas às margens do Guaíba.
Aramis
Unknown disse…
Caro Jean:
belissimo seu poema.
ouço rosa passos falando dos mares do sul e dos lizases das tardes.
não pense entender o meu comentario.
foi apenas uma chispa que seu poema possibilitou, no entretanto de nossas vidas, vividas no prumo.
desta portoalegre que não sabe(ME) conquistar.
por issso vivo nesta cidade de são sebastião do rio de janeiro violeta e não lilas.
com estima e fraternalmente.
abraços.
boaventura
JÚLIO GARCIA disse…
Prezado amigo, irmão e camarada Jean, bela foto e belo poema, estes. Tua sensibilidade é digna de registro. É muito gratificante acessar teu blog, tu nos surpreende sempre (positivamente). E, neste 'apagar das luzes' de 08, faço minhas tuas palavras, retiradas do comentário recente que fizestes no meu blogue: "E que cada dia seja o primeiro
De um ano sempre renovado". Feliz Ano Novo!
Grande abraço!