Pelo lado pessoal a globalização traz mais privacidade para quem não é 'global'. Passamos, todos os não 'globais', cada vez mais para dentro do anonimato desfrutado nas megalópoles. Grande parte da atenção que antes dávamos aos que vivem no mesmo bairro, cidade, região, estado, hoje é dividida com populações e pessoas de outros lugares. Somos informados da noitada de um jogador de futebol do Rio de Janeiro porque ele 'é global' e a atenção que nos toma essa informação substitui o espaço, o tempo, os biobits que seriam muito mais saudavelmente, na minha opinião, ocupados por informações ligadas a pessoas mais próximas (com quem as possibilidades de interação são maiores). A globalização é também, por estes motivos, politicamente desagregadora e, portanto, fragiliza ainda mais os indivíduos diante de um 'sistema' cada vez mais gigantesco e impessoal.
Comentários
Mas como necessito me adaptar, pois sou um ser político, comento no teu blog, mesmo sem te conhecer pessoalmente. E isto é bom, meu velho amigo internauta.
Não matei a sudade dos bons tempos em que a celebridade da hora era o garoto da rua que viajara até São Paulo ou a menina que havia debutado tendo como acompanhante um cadete da Brigada. Mas quem liga pra isso?
Abraço