1 - O porquê das escolhas de Lula:
Porque em toda a sua vida profissional, sindical e política, Lula negociou preferencialmente e obteve os maiores resultados com os poderosos, a começar pelos poderosos donos da indústria automobilística, com quem ele negociava melhores condições para os serviçais, que então melhor puderam continuar servindo aos poderosos donos da indústria automobilística.
2 - O porquê do estilo imóvel-perene de Lula:
Porque em toda a sua vida profissional sindical ele aprendeu que seu maior trunfo, o ápice do exercício do seu maior poder era a imobilidade, os braços cruzados, a greve, e que o resultado ideal, a consequência almejada, o desenlace cabal e pleno para tal poderosa manifestação popular de braços descansando sobre barrigas era descruzá-los para orgasticamente apertar as mãos dos poderosos patrões, em um acordo que melhorasse as condições servis.
3 - O porquê de chamarmos Lula de presidente:
Porque acostumamos com a idéia, afinal ele já era chamado presidente desde o sindicato, quando exercia a mesma missão, delegada por seus eleitores, de negociar com os poderosos. Chamá-lo de Ministro da Propaganda, hoje, seria depreciativo e deprimente para os seus eleitores. Está certo que o verdadeiro presidente, Meireles, também já foi presidente ou diretor - sabe-se lá, do Bank Boston, mas quem conhece os presidentes ou diretores de bancos, que vivem escondidos nas sombras?? Então, freudiana e brasilianamente, achamos menos doloroso chamar o presidente pelo pseudônimo de Presidente do BC e o ministro da propaganda pelo pseudônimo de Presidente do Brasil. Aliás, é sempre assim que as coisas funcionam por aqui.
4 - Por que Lula não reage, não dá um golpe popular e assume verdadeiramente a presidência do Brasil?
Pessoalmente acho que mais que gostar, Lula está viciado em negociar com o patrão, em cruzar os braços e só descruzá-los para apertar-lhe as mãos, em um acordo de servilidade que resguarde alguma melhoria servil sobre antanho (ainda que as melhorias venham cada vez menores). Acho também que ele descobriu o que todo trabalhador sempre conheceu: - o medo de levar um pé na bunda - afinal, ainda que a lei diga que ele tem 4 anos de estabilidade no emprego os patrões já publicaram nos jornais que não estão dispostos a cumprir a lei. Assim, some-se o vício de negociar com o patrão mais o medo de levar um pé na bunda e Lula está fazendo acordos cada vez piores e até desfavoráveis à categoria.
5 - Mas então, como é que fica isso companheiro?
Fica que Lula já pode ser considerado o mais neo entre os liberais, para grande alegria dos liberais de velhas cepas, que assim vêem renovar-se o seu mono jardim, onde costumam arar cruzes e colher sangue e dinheiros.
6 - E...
E aí o que temos que fazer é pensar quem será o nosso candidato à verdadeira presidência do Brasil para as próximas, porque este nos falhou na primeira, à esquerda, e pelo jeito, com essa corja de aliados de chumbo no pescoço, vai desperdiçar a segunda chance que lhe demos. Eu o tenho defendido por suas boas intenções e ações, mas o seu vício e o seu medo o têm tornado dúbio e pífio e os seus aliados, heróis e amigos publicamente declarados o têm tornado intragável. Assim, minha conclusão é que Lula anula-se segundo sua própria matriz psicológica.
7 - Para concluir:
Façamos oposição às más ações e às omissões de Lula (Cadê o imposto sobre fortunas, né André? Cadê a Vale de volta, né Cristóvão? Vai privatizar o corredor da tua casa e não as estradas, ouviu Lula?)
8 - O presidente morreu.
Pensemos nosso novo presidente.
Porque em toda a sua vida profissional, sindical e política, Lula negociou preferencialmente e obteve os maiores resultados com os poderosos, a começar pelos poderosos donos da indústria automobilística, com quem ele negociava melhores condições para os serviçais, que então melhor puderam continuar servindo aos poderosos donos da indústria automobilística.
2 - O porquê do estilo imóvel-perene de Lula:
Porque em toda a sua vida profissional sindical ele aprendeu que seu maior trunfo, o ápice do exercício do seu maior poder era a imobilidade, os braços cruzados, a greve, e que o resultado ideal, a consequência almejada, o desenlace cabal e pleno para tal poderosa manifestação popular de braços descansando sobre barrigas era descruzá-los para orgasticamente apertar as mãos dos poderosos patrões, em um acordo que melhorasse as condições servis.
3 - O porquê de chamarmos Lula de presidente:
Porque acostumamos com a idéia, afinal ele já era chamado presidente desde o sindicato, quando exercia a mesma missão, delegada por seus eleitores, de negociar com os poderosos. Chamá-lo de Ministro da Propaganda, hoje, seria depreciativo e deprimente para os seus eleitores. Está certo que o verdadeiro presidente, Meireles, também já foi presidente ou diretor - sabe-se lá, do Bank Boston, mas quem conhece os presidentes ou diretores de bancos, que vivem escondidos nas sombras?? Então, freudiana e brasilianamente, achamos menos doloroso chamar o presidente pelo pseudônimo de Presidente do BC e o ministro da propaganda pelo pseudônimo de Presidente do Brasil. Aliás, é sempre assim que as coisas funcionam por aqui.
4 - Por que Lula não reage, não dá um golpe popular e assume verdadeiramente a presidência do Brasil?
Pessoalmente acho que mais que gostar, Lula está viciado em negociar com o patrão, em cruzar os braços e só descruzá-los para apertar-lhe as mãos, em um acordo de servilidade que resguarde alguma melhoria servil sobre antanho (ainda que as melhorias venham cada vez menores). Acho também que ele descobriu o que todo trabalhador sempre conheceu: - o medo de levar um pé na bunda - afinal, ainda que a lei diga que ele tem 4 anos de estabilidade no emprego os patrões já publicaram nos jornais que não estão dispostos a cumprir a lei. Assim, some-se o vício de negociar com o patrão mais o medo de levar um pé na bunda e Lula está fazendo acordos cada vez piores e até desfavoráveis à categoria.
5 - Mas então, como é que fica isso companheiro?
Fica que Lula já pode ser considerado o mais neo entre os liberais, para grande alegria dos liberais de velhas cepas, que assim vêem renovar-se o seu mono jardim, onde costumam arar cruzes e colher sangue e dinheiros.
6 - E...
E aí o que temos que fazer é pensar quem será o nosso candidato à verdadeira presidência do Brasil para as próximas, porque este nos falhou na primeira, à esquerda, e pelo jeito, com essa corja de aliados de chumbo no pescoço, vai desperdiçar a segunda chance que lhe demos. Eu o tenho defendido por suas boas intenções e ações, mas o seu vício e o seu medo o têm tornado dúbio e pífio e os seus aliados, heróis e amigos publicamente declarados o têm tornado intragável. Assim, minha conclusão é que Lula anula-se segundo sua própria matriz psicológica.
7 - Para concluir:
Façamos oposição às más ações e às omissões de Lula (Cadê o imposto sobre fortunas, né André? Cadê a Vale de volta, né Cristóvão? Vai privatizar o corredor da tua casa e não as estradas, ouviu Lula?)
8 - O presidente morreu.
Pensemos nosso novo presidente.
Comentários
Dinheiro?
Hélio !
Desde o começo do Governo Lula, venho, timidamente, confesso, buscando desculpas e defendendo-o. As pessoas do nosso cotidiano, rapaz do mercadinho, carteiro, parceiro de futebol, atc... que nos conhecem como do "PT", cobram atitudes e ações de nós, como se estivessem cobrando do Lula, em pessoa, ou como se tivéssemos ingerência sobre os grandes problemas da nação. Nos dois últimos meses, principalmente, tenho procurado avaliar o Governo Lula de uma forma não emocional. Fui militante estudantil ligado a DS por 6(seis) anos de 81 a 86. Em 82 fui vice presidente do DCE da Unisinos, tendo assumido a presidência, quando o Marco Amaral(companheiro que sempre estará na memória) foi passar um ano na Alemanha. Tenho raízes muito ligadas ao PT, ao qual continuo filiado, a DS que forjou minha visão política e a LULA em especial. Lembro quando, em 83 trouxemos o Lula para um comício em São Leopoldo tendo conseguido juntar somente 50 companheiros em praça pública e mesmo assim, aquele baixinho barbudo não esmoreceu, falou como se estivesse diante de milhares de pessoas. Ali, mais do que nunca, aprendi a respeitar esse homem. Segui minha vida, encontrei o Lula mais algumas vezes, mas aquele episódio de SL nunca saiu de minha memória. Mudei de cidade, me formei e, minha militância passou a ser light, até porque, não é fácil abrir espaço no partido, quando não te conhecem e não estás ligado a nenhuma tendência. Fiz minha militância solitária, eu, minha esposa e minhas filhas sempre saíamos a rua com a bandeira, quando isso ainda era raro aqui em Santa Maria. Hoje, minhas filhas são do partido, e espero, sinceramente, que meus dois filhos pequenos um de dois anos e outro de seis também o sejam, se bem que para mim, o mais importante é que todos(meus filhos) sejam críticos e do lado dos que acreditam que um novo mundo é possível. Voltando ao início, é difícil fazer uma avaliação do governo Lula sem ser emocional, mas, caro Jean, sinto uma ponta de tristeza em meu coração, quando vejo as companhias que hoje abraçam a companheirada. Sei que é preciso alianças para a tal da governabilidade, etc.. etc.. etc… mas, fico sempre a espera do dia que aquele baixinho barbudo ignore o número de pessoas que estão a sua frente, esqueça os barões da burguesia mediocre e midiática e, no tom forte de sempre chame o seu povo para dar a tal sustentabilidade de governo, tenha certeza que a voz que levantará das ruas, campos, cidades, guetos, universidades, favelas será ouvida em toda a América. Acho até, que humildamente, poderíamos lançar uma campanha, tipo LULA CHAMA TEU POVO!
-Dô um desconto preque o póbi levô uma peia de muê oszossos um dia desses...talvez os assaltanti tenha rachado o "célebro" dele, tadin.
*joguetes da direitona eu pensava serem somente os psolistas et caterva... forte abraço Nildo
É a hora de pensarmos em outras vias, que não unicamente a eleitoral. Golpe? Não. Mobilização social, organização. O que faz Evo Morales e Chavez se manterem firmes em seus propósitos é o respaldo de movimentos sociais de grande força em seus países, capazes de defender o governo quando este toma medidas realmente transformadoras.
E se essas medidas não partem do presidente, façamos como o EZLN mexicano. Não estou falando de armas. Estou falando de organização popular, de vias próprias, participativas. Verdadeiramente democráticas, enfim.
abrax
RF
E é ainda inacreditável que alguns ainda não tenham tido essa clareza que tu teves ao escrever este texto, e ainda tenha essa visão romântica do lula!!!
Lembrem-se da postura do MST e outros movimentos no período eleitoral: uma trégua para reeleger Lula (evitando Alkimin), e então retomar as mobilizações.
Lembrem-se também do que disse o próprio Lula, no discurso improvisado logo após o pres. do TSE anunciar que Alkimin não conseguira votos para se eleger. Lula dirigiu-se explicitamente aos movimentos sociais, pedindo para ser mais cobrado por eles, que a sociedade reivindicasse mais avanços. Deixou claro que ele sofre grandes pressões, buscando atender às solicitações, e que não estaria havendo equilíbrio no jogo de força.
Precisamos cobrar e criticar mais o Governo. Penso que o próprio Lula espera isso de nós. Ainda temos 3 anos pela frente.
O que poderia fazer o Presidente Lula assumir um posicionamento coerente com o que aspiramos durante tanto tempo na esquerda seria a retomada da agitação nas ruas.
Os militantes de esquerda que enfrentaram a ditadura, lutaram pela Constituinte, pelas diretas e levaram Lula à presidência da República se dispersaram por aí. Antes, estávamos todos em contato nos núcleos do PT ou nos sindicatos. Com o desmonte dos sindicatos na década perdida de 90 e a extinção dos núcleos do PT ficamos isolados.
As duas últimas manifestações que participei com diversos partidos e movimentos sociais de esquerda foram em Belo Horizonte. Uma delas contra a privatização da Usiminas, e a outra contra a privataria geral que o des-governo tucano-pefelista acelerava uma vez que o povo e a elite intelectual parecia catatônica ou seduzida pelo canto de sereia neo-liberal.
Foi ele que ajudou a amalgamar as oposições e aglutinar pessoas em
torno de uma proposta de oposição aos vinte anos de golpe e inércia.
Ajudado pela ditadura? Dizem isso, mas ninguém fez melhor que ele, ou comprovou o que disse. Se algumas, concordo, não foram muitas, porém consistentes conquistas sociais se verificaram em seu mandato e meio,
algum mérito ele tem - e isso que as mesmas foram obtidas contra a vontade e os esforços dos grandes poderes que sempre nos governaram: mídia, federações de indústrias, grande capital, latifundiários ...
Então, sacanear o cara agora e repercutir o discurso da grande mídia é, de fato, ingênuo. Acusar sem provas, inculpá-lo de tudo o que ocorre no país, dizer que nós deveríamos exigir muito mais é a coisa mais fácil que tem. Vai lá e luta contra o leão do capital ...
com tudo e todos contra ti.