Língua, economia, política... Há jeito de entender.

Uma interessante discussão gramatical proposta pelo Agente 65 coloca, nas entrelinhas, uma questão que quero levar à evidência. Lá ele põe em discussão sua impressão em relação à nossa língua 'mátria, frátria, pátria' dizendo que a frase manchete "30% da população de Porto Alegre não sabem que Fogaça é o prefeito" estaria errada gramaticalmente. Alguns respondemos e muitos, alguns desses talvez em dúvida, calaram. Evidencia-se ali que em muitas ocasiões é complicado entender as regras pelas quais expressar ou entender idéias, seja no conteúdo ou forma, gramática, política, economia...

A minha conclusão, a partir de que encontrei uma resposta que me pareceu satisfatória para o problema proposto (eu que pouco entendo de gramática), é que as regras são resultados de demandas, portanto secundárias, e para entendê-las o fundamental é entendermos o que lhes deu causa, portanto a lógica que rege o 'funcionamento' das coisas. Entendida a lógica fica mais fácil entender as regras, ainda que expressas em fórmulas complicadíssimas ou palavras herméticas. As lógicas das ações humanas têm como limites de complexidade as próprias características humanas, que em 99% dos casos fazem parte quase que do senso comum. Sugiro a leitura da questão proposta e respostas levantadas para que fique mais claro o que tento dizer. AQUI.

Em tempo (ao pessoal que crê na supremacia das regras). Ou todos temos o direito de pensar e questionar o que quer que seja, ou ninguém tem esse direito.

Comentários

Olha....problema e pobrema ou poblema, prá eu (prá mim?) é encrenca mesmo.....
Nem sempre a gente acerta na gramática,mas as encrencas continuam as mesmas...o que vale é o CONTIÚDO !!!!!!

espaço gramatical disfarçando o político.

e eu nem sou grandes coisas...sou do povo que lê blogs...
Roy Frenkiel disse…
Toda a razao, e verdadeiramente gostei da posicao.

abrax

RF