Filminho

Bom, estamos aqui os dois, umas trepadas e, plim!, surge a vida. Putz!!! – que coisa mais absurda esse troço!! tão fácil - que medão, que merdão, que transtorno, assim não é possível, eu quero meu prazer, sem atrapalhos - porra, porque não usei camisinha? Ei, aí dentro, eu não pedi pra tu nascer! Digo, aparecer. Aparecer, seu merda! Então temos que ver o... desplim!, e a vida metida a besta já não atrapalha. (Telefone, internet.) Vamos lá pessoal, dêem uma força aí, quem é que sabe onde é e quanto custa? Como é que foi contigo, tudo bem limpo, o cara é bom, sentiste firmeza e segurança? Dói? Tem que tomar anestesia? E depois, como é? Tem que ficar de cama? Tomar antibiótico? Eu não quero esse troço, de pai, fralda, comida, escola, vó, mulher, tio cunhado, ex-mulher, pensão, ligação pra toda a vida, eu não, caralho. Mas que merda! Porquê tu não toma pílula? Tá, eu sei que tu me avisou. Me deixa quieto! Tira esse bagulho, essa coisa que ninguém chamou – coisa, sim - nem vem com esse papo de alma, pessoa - cacete! é o que é, isso aí ainda é o cacete, não é nada, foi uma distração, mas agora eu tô ligado, catzo – deu! Corta!

Ficou legal?

Dedico este filme a todos que ficaram cara a cara com a situação, ou com a idéia, e responderam. É também a minha resposta e agradecimento, por enquanto, a quem respondeu ao texto abaixo. Abraços.