Foto: Jean ScharlauParece brincadeirinha mas não é.
Leiam primeiro esta notícia: "O salário inicial de um analista do Banco Central é, em média, de R$ 7 mil; quem exerce o mesmo cargo na Receita Federal ganha, aproximadamente, R$ 10 mil."
Os funcionários do Banco Central invocam as potestades com a palavrinha mágica - (abracadabra?- Não!) ISONOMIA.
Se alguém me perguntasse, o que acho muito difícil que aconteça, eu diria que os funcionários do Banco Central são bancários. Aparentemente muito me enganaria, pois eles não "lutam" por ISONOMIA com os bancários - eles professam e invocam ISONOMIA com os funcionários da Receita Federal que (puxa, que coincidência!) ganham muito mais que eles.
Ora, para mim esse pessoal, tanto do Banco Central quanto da Receita Federal são ETs, não vivem no mesmo planeta que eu, mas estranhamente contam com minha automática solidariedade às suas "lutas". Bom, tenho o direito de fazer algumas perguntinhas básicas antes de me posicionar a respeito.
- O salário que recebem hoje sai dos 40% de impostos que todos aqui pagamos, neste país-planeta, para obter os serviços essenciais do Estado, não é isso? O que eles viriam a receber com o aumento também sairia desse bolo comunitário, estou certo?
- Se os funcionários no marco zero da carreira ganham 7 mil reais num estabelecimento e 10 mil reais noutro, quanto ganham e que quitutes mais abocanham os funcionários na metade e no fim da carreira nesses estabelecimentos?
- Esses 3 mil reais a mais, para os novatos, estão sendo pleiteados com qual objetivo? Contratar mais três empregadas domésticas? Fazer mais uma viagem familiar anual à Europa? Diminuir o período de exposição à tentação que exerce sobre eles a corrupção? Abreviar o período e melhorar o nível de conforto na troca de carros blindados? Cobrir o acréscimo nas despesas com segurança e condomínios das suas casas na cidade, na praia e no campo? Fazer com que haja EQUIPARAÇÃO (outra palavra mágica) do meio da carreira em diante com deputados, desembargadores e vereadores de Sapucaia do Sul?
- Será mesmo fundamental à sua "luta" a solidariedade dos manezinhos que ganham 500 por mês e descontam 8% para o INSS? Pergunto isto por que sua esfera de interesses parece-me na verdade extratosférica a estes.
- E os barnabezinhos que ganham 800 e que são 100 mil vezes mais populares? (Em termos de número de indivíduos.) Se eles apoiarem essa luta, não sobrarão ainda menos migalhas daquele bolo de 40% de impostos, o que dificultará ainda mais que obtenham alguma coisinha, alguma sacola econômica, algum fim-de-semana em Tramandaí para si?
Bom, acho importante que os Extra Terrestres "lutem" por seus "direitos", mas antes que me digam que essa "luta" também é minha, gostaria que me respondessem estas e talvez algumas outras perguntas e comprovassem a sinceridade das suas respostas. Assim eu teria condições de consciência para optar se passarei a considerar mesmo essa "causa" como minha.
Será que entre as minhas amigas leitoras e leitores amigos há quem concorde comigo,
ou o ET aqui sou eu?
Leiam primeiro esta notícia: "O salário inicial de um analista do Banco Central é, em média, de R$ 7 mil; quem exerce o mesmo cargo na Receita Federal ganha, aproximadamente, R$ 10 mil."
Os funcionários do Banco Central invocam as potestades com a palavrinha mágica - (abracadabra?- Não!) ISONOMIA.
Se alguém me perguntasse, o que acho muito difícil que aconteça, eu diria que os funcionários do Banco Central são bancários. Aparentemente muito me enganaria, pois eles não "lutam" por ISONOMIA com os bancários - eles professam e invocam ISONOMIA com os funcionários da Receita Federal que (puxa, que coincidência!) ganham muito mais que eles.
Ora, para mim esse pessoal, tanto do Banco Central quanto da Receita Federal são ETs, não vivem no mesmo planeta que eu, mas estranhamente contam com minha automática solidariedade às suas "lutas". Bom, tenho o direito de fazer algumas perguntinhas básicas antes de me posicionar a respeito.
- O salário que recebem hoje sai dos 40% de impostos que todos aqui pagamos, neste país-planeta, para obter os serviços essenciais do Estado, não é isso? O que eles viriam a receber com o aumento também sairia desse bolo comunitário, estou certo?
- Se os funcionários no marco zero da carreira ganham 7 mil reais num estabelecimento e 10 mil reais noutro, quanto ganham e que quitutes mais abocanham os funcionários na metade e no fim da carreira nesses estabelecimentos?
- Esses 3 mil reais a mais, para os novatos, estão sendo pleiteados com qual objetivo? Contratar mais três empregadas domésticas? Fazer mais uma viagem familiar anual à Europa? Diminuir o período de exposição à tentação que exerce sobre eles a corrupção? Abreviar o período e melhorar o nível de conforto na troca de carros blindados? Cobrir o acréscimo nas despesas com segurança e condomínios das suas casas na cidade, na praia e no campo? Fazer com que haja EQUIPARAÇÃO (outra palavra mágica) do meio da carreira em diante com deputados, desembargadores e vereadores de Sapucaia do Sul?
- Será mesmo fundamental à sua "luta" a solidariedade dos manezinhos que ganham 500 por mês e descontam 8% para o INSS? Pergunto isto por que sua esfera de interesses parece-me na verdade extratosférica a estes.
- E os barnabezinhos que ganham 800 e que são 100 mil vezes mais populares? (Em termos de número de indivíduos.) Se eles apoiarem essa luta, não sobrarão ainda menos migalhas daquele bolo de 40% de impostos, o que dificultará ainda mais que obtenham alguma coisinha, alguma sacola econômica, algum fim-de-semana em Tramandaí para si?
Bom, acho importante que os Extra Terrestres "lutem" por seus "direitos", mas antes que me digam que essa "luta" também é minha, gostaria que me respondessem estas e talvez algumas outras perguntas e comprovassem a sinceridade das suas respostas. Assim eu teria condições de consciência para optar se passarei a considerar mesmo essa "causa" como minha.
Será que entre as minhas amigas leitoras e leitores amigos há quem concorde comigo,
ou o ET aqui sou eu?
Comentários
Joice
Outros buscam atalhos (qualquer sinecura) de "acessoria" (assim mesmo), através de alguma cedência para determinado órgão da Administração, que ao fim nada mais é do que o velho 'dolce far niente'...
Abcs.
"antidemocrático".