Coloquei uma idéia em cima de 1 milhão de reais

Mas tive que ampliar essa já enorme base monetária e, portanto, o número de investidores, ao ver os preços anunciados por um intermediador de compra e venda de rádios e TVs. Confira.

Antes de seguir adiante com este assunto quero deixar claro que estou apenas apresentando uma sugestão, para algo que só creio factível por algum organismo popular de porte médio para mais, devido à condição sine qua non de ter milhares de pequenos INVESTIDORES. Em hipótese alguma me proponho a organizar qualquer movimento além do dos dedos neste teclado e ‘não sou candidato a nada’, exceto à apreciação e paciência de vocês. ‘Que outro tenha o gáudio / De cantar em algum fandango / Como arrecadou milhões e tanto / Para levar a esquerda ao rádio.’

O único incentivo/convite que me proponho a apresentar a vocês, prezados leitores, é a pensar e enriquecer esta idéia e, caso achem-na importante e digna, divulgá-la e defendê-la adiante, para que venha a ser conhecida e eventualmente simpática a alguém que tenha condições reais de promover sua aplicação e talvez (quem sabe? O mundo é grande e a vontade é maior) o faça. Bom, também me proponho a participar como um dos pequenos investidores e dedicado incentivador caso venha a ser implementada.

O Marco Weissheimer, nos informou que há anos a CUT aguarda a liberação da licença de operação para uma TV própria. Quem não libera é o Ministério das Comunicações, mandado e desmandado por Hélio Globo às Costas. Informa-nos também das dificuldades financeiras da agência Carta Maior, ao que o Patrick propõe algo próximo (ainda que diferente) do que proponho aqui: “Não há como se tornar assinante da Carta Maior? Ou fazer doações? No democracynow.org, ao clicar em "Donate", eu posso me tornar um doador mensal. Todo mês o débito é feito, automaticamente, no cartão de crédito. Ficaria feliz de ver o mesmo procedimento na Carta Maior. Candidato-me desde já a ser doador mensalista.”

Claudia Cardoso nos diz em seu comentário, entre outras informações importantes: “a POATV (canal 9 - assista aqui) está entregue a feiticeiros e a caciques; o espaço aí está, mas a falta crônica de dinheiro de certos associados emperra a possibilidade de produzir-se conteúdo. Em Córdoba, Argentina, o partido Convergência Socialista tem espaço num canal de TV a cabo sustentado por uma cooperativa.”

O Zealfredo faz várias e pertinentes observações, questionamentos e sugestões. Também o Agente 65 nos dá o prazer de compartilhar sua opinião. Confiram nos comentários do texto abaixo, onde encontram-se os respectivos atalhos para os seus sítios. O Hélio Sassen Paz, que é da área, desenvolve o assunto no seu blog.

Qual o preço de uma emissora de TV em São Paulo? Veja aqui quantos R$.

Sugiro também um artigo dando conta de que grandes empresas online, como a Google querem uma fatia do modelo antigo de mídia, mais especificamente rádio e TV. Aqui.

Continuo a pensar no assunto, e com muita vontade de ouvir o que vocês tenham a dizer.

Comentários

José Elesbán disse…
Jean,
Tomando por base os valores da tua pesquisa, mais o que disse o Hélio lá no Palanque, me parece que é muito mais simples reforçar um mecanismo alternativo como a Carta Maior, do que envidar esforços numa grande aventura que pode gerar um grande prejuízo. Talvez seja pensar pequeno, mas, pensa bem. Quantas pessoas viram a entrevista do Alckmin à TV australiana? Milhares!
E, via Internet, dá para distribuir "podcasts" e "videocasts".
As frequencias de ondas para rádio estão praticamente esgotadas, como confirmou o Helio. E quando o rádio digital vier, eu repito, com o Ministro Hélio Costa, a tendência é fazer o máximo para ficar tudo como está.
No momento me parece mais sensato (talvez, também mais cômodo, "sorry"...) reforçar mecanismo alternativos como a Carta Maior, e o Sivuca.
Abraço!
Roy Frenkiel disse…
Uau... Isso sim seria interessante demais. Ajudaria, se visse o movimento...

abrax

RF
Jean Scharlau disse…
Zealfredo, concordo contigo , e devo sublinhar o que disse no texto acima: disse não estar sugerindo que eu, que nós, TOMEMOS A INICIATIVA de COMPRAR uma rádio, que isso é coisa para uma organização já meio taluda, tipo Sindicato dos Metalúrgicos, CUT, Sindicato dos Jornalistas. A única função pretendida por mim e sugerida para os meus caros leitores é pensar a idéia e achando valor nela, fazê-la chegar aos corações e mentes das lideranças daquelas organizações que teriam possibilidade de pretender colocá-la em prática.

Ok, Roy, se a proposta for adotada, te mando a notícia e a ficha de inscrição.
Abraços.
Anônimo disse…
Jean, cheguei a seu blog através do Umbigo... de Adelaide. Uma coisa me salta aos olhos: o bloqueio à comunicação de massa com foco na consciência. Vejo muitas e muitas comunidades sem contato umas com as outras, o que facilita a manipulação por parte dos "imorais" políticos. Por exemplo, entre as aldeias indígenas, nenhuma comunicação para troca rápida de experiência, alertas etc. Por que os índios não podem ter rádios comunitárias? Por que não podem ter acesso aos meios de comunicação q não seja a globo? Abraços, amigo! e parabéns pelo seu blog