A política de mercado e os políticos-mercadoria

Desde que o marketing era chamado de propaganda e reclame vem sendo usado pelos políticos, muitos dos quais hoje, “modernamente”, qualificam a si mesmos como produtos, como mercadoria a ser vendida (e empurrada) aos eleitores. A idéia dos comerciantes da política é simples: quando o eleitor, a eleitora, estão insatisfeitos com as mercadorias políticas que os governam, cabe às empresas de publicidade arranjarem um jeito de fazê-los ser de novo comprados pela população. Para isto a receita que aplicam é trocar a embalagem e dizer que o produto é novo.

Exemplos são as novas embalagens com que nos apresentam agora os velhos produtos políticos Al Ckimin e Yeda Cruizes, apoiados por uma massiva campanha de publicidade, inclusive disfarçada de notícias e sempre que possível pesquisas favoráveis. Dentro das embalagens, porém, estão os mesmos velhos, estragados e defeituosos produtos que a maioria já rejeitou. Dentro da nova embalagem Al Ckimin está o velho FhD, o velho Borguináusea, o velho Artur Virginhas, o velho Toninho Malvadeza, o velho Garotodutinho. Dentro da nova embalagem Yeda Cruizes está o velho Eliseu Quadrilha, o velho Britto Briqueiro, o velho Feijó Privateiro, o velho PDS, o velho PFL, a velha UDR, os velhos preconceitos contra o Povo, contra sua consciência e participação ativa, contra o crescimento econômico para todos. A própria “nova”, na verdade velha, Yeda esteve o tempo todo com Britto, esteve o tempo todo com FhD, esteve o tempo todo com Rigotto, só que ninguém notava nem anotava, então a escolheram como a ideal para mascarar a velha porcaria, o tal novo jeito, a tal novidade que querem nos vender, a nova e enfeitada embalagem, o túmulo caiado dentro do qual está o velho, o defeituoso, o podre produto, que só é bom para quem o vende. Quem não os conhece que os compre.

Comentários

Anônimo disse…
Encaminho post muito bom de outro blog, muito recomendado:
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

Vejam abaixo a reprodução:



Derrotar os paulistas

Sou paulista, paulistano (designação de quem nasce na capital paulista), nascido numa maternidade que existe até hoje numa das esquinas da avenida Paulista. Amo minha São Paulo. Meus pais eram daqui, bem como meus avós, bisavós, tataravôs... Enfim, São Paulo é minha terra e não saberia viver em outro lugar deste país. Contudo, não tenho como negar que, apesar de ser responsável pelo exponencial desenvolvimento brasileiro no século passado, São Paulo abriga a elite que escraviza o Brasil.

Os jornalões paulistas, no início do século passado, começaram a forjar a incapacidade que se vê hoje dos paulistas de pensarem por si mesmos. O paulista é escravo de sua imprensa, controlada por um punhado de famílias que gostam de chamar a si mesmas de “quatrocentonas”. É patético. A elite paulista é patética. É gente riquíssima como só há em poucas partes do mundo; ratazanas de sacristia cínicas ao impensável com suas exibições tediosas de “cristianismo”; madames gorduchas com seus penteados esquisitos e seus maridos ostentando panças enormes que flanam por bairros “nobres” como o dos “Jardins” com seus carrões blindados, fazendo cara de nojo para as crianças pedintes nos semáforos. Odeiam os pobres, odeiam os nordestinos, chamam-nos de “baianos”.

Ser governada por um nordestino migrante é a morte para a elite paulista. Baba de raiva ao ver que não é mais suficiente ela controlar os votos dos pobres tanto das regiões centrais quanto da periferia das cidades paulistas, induzindo-os, por meio dos meios de comunicação que controla, a votarem de acordo com o seu desejo.

Nasci no meio dessa gente. Convivi com ela a vida inteira. Freqüentei os mesmos clubes, os mesmos restaurantes, os mesmos espaços desde que nasci. Talvez por isso a despreze tanto, porque a conheço - por ter nascido nesse meio poderia ser um membro dessa elite se não tivesse me dado conta de quem era, do que representava para este país em termos de oprimi-lo e espoliá-lo o quanto é possível, sonegando impostos, explorando migrantes de outras regiões ao pagar-lhes salários de fome etc. E não me venham com a história de que São Paulo paga impostos. Paga porque tem que pagar. Não faz favor nenhum ao país. E paga menos do que deveria.

O Brasil deve derrotar São Paulo em 29 de outubro. Deve, finalmente, colocar meu Estado em seu devido lugar, ou seja, o de apenas mais um Estado da Federação e não o seu dono e dono da vontade de todos os brasileiros. Por isso, como paulista, paulistano, nascido na avenida Paulista, peço ao Brasil que derrote São Paulo, onde uma elitezinha ridiculamente pequena controla até a respiração da massa empobrecida que mal e porcamente sobrevive nas franjas de suas cidades desiguais ao inimaginável.

Escrito por Eduardo Guimarães às 11h17
Anônimo disse…
Código de defesa do consumidor neles, Jeanscha!
dade amorim disse…
Quer saber, Jean? É Lula mesmo. Não tem jeito.
Anônimo disse…
Jean:

Maravilhoso como sempre!

Marconi: concordo, deveríamos começar campanha pela criação do CDE (Código de Defesa do Eleitor). Aqui no sul, por exemplo, se a tucana Yeda for escolhida e o povo se arrepender logo ali, por descobrir os defeitos ocultos, não tem como fazer para devolver o produto estragado. Isto tem que mudar.

Boa luta, gurizada!

E já falei, vou repetir é Lula lá e Olívio aqui!!!

Re
Flor disse…
Nunca vi tanta bobagem.
"E já falei, vou repetir é Lula lá (respondendo pelos crimes de corrupção)e Olívio aqui (perdendo as eleições)!!!"
Flor disse…
Voltarei pra conferir se foi publicado o meu comentário:))
Jean Scharlau disse…
Cara fleur de lis, pertences a qual grupo de apoio à Yeda e Geraldo?