Evidência de uma farsa, de um roubo, ou de puro entreguismo remunerado?

A Volo do Brasil "adquiriu" a Varig Log em janeiro deste ano por US$ 48,2 milhões (menos de 10% de seu faturamento anual), sob a batuta do "gerenciador de choque gestativo" Zylbersztajn, ex-genro de FhD, e orquestração de outros PSDBistas.

Hoje somos informados de que a Volo quer comprar a participação que o Aerus (fundo de pensão dos funcionários da Varig) tem na Varig Log (5% das ações) por 24 milhões de reais, ou 10,9 milhões de dólares.

Ora, se a Volo quer pagar 10,9 milhões de dólares por 5% das ações da Varig Log em posse do Aerus, isto significa que está avaliando a companhia (que "comprou" por 48 milhões de dólares) em exatos 218 milhões de dólares. Ou seja, "compraram" a Varig Log por uma quinta parte, ou mais exatamente 22%, do valor que eles mesmos agora lhe atribuem.

Para os poderes judiciários, as varas empresariais, os aplicadores legais nas câmaras comerciais, tudo parece estar perfeito. Para mim, não. A Volo do Brasil são norte-americanos associados a ricaços brasileiros. E como não estar rico e contente assim, arrebanhando tesouros (dos que estão encalacrados, confusos, desesperados) por uma quinta parte do seu valor? E com todos os vaus e avais!

A Volo do Brasil resulta de uma associação do fundo de investimentos norte-americano Matlin Patterson com três empresários brasileiros. Eles são Marco Antonio Audi, dono de uma empresa de helicópteros, Marcos Haftel, da Yala Investimentos, e Luis Eduardo Gallo, da empresa de administração Tática Asset Management.

Segundo informou a assessoria de imprensa da Volo do Brasil, a Varig Log é considerada a maior empresa de logística do país, sendo responsável por mais de 47% do mercado nacional e cerca de 32% do mercado internacional de carga brasileira. O faturamento da Varig Log passou de U$ 400 milhões, em 2003, para U$ 560 milhões, em 2004. (Fonte)

Comentários

Anônimo disse…
Ai tem treta. E das grandes.
Anônimo disse…
Só um louco compra a Varig -- que está atolada em prejuízos. A única chance é a proposta do fundo americano, mas a lei neoliberal brasileira não permite que uma empresa estrangeira controle esse setor hiper importante e estratégico. No Chile não é assim. Resultado, a Varig vai para o beleléu. Todo mundo perde e ninguém ganha. Maia
Serjão disse…
Não é Jean. Se vc pesquisar o valor das ações na época vai ver que provavelmente há coerência. Além do mais trata-se de uma empresa privada. O que vc deveria questionar é a CVM que se omitiu e permitiu uma especulação que causou a aberração que vc citou. Abs
Jean Scharlau disse…
Caro Maia, crês então que os norte-americanos estão sendo muito bonzinhos, verdadeiros altruístas e que vão pegar essa bomba que é a VARIG só para nos dar uma força?

Caro Serjão, em 2004 a Varig Log já faturava US$ 560 milhões ao ano. Ser "vendida" por 48 milhões foi uma ofensa e um deboche.

Já medir o valor de uma empresa pela situação circunstancial de suas ações na bolsa, num país onde as ações oscilam 50% num dia??!! É mais uma maneira de ser engabelado.
Anônimo disse…
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