A PERGUNTA:
Roy disse...
Boas dicas mesmo, Jean, mas eu tenho uma pergunta, meio que íntima (riso) quanto sua postura. Nos tempos em que estive no Brasil me informei como pude, e formei uma opinião parecida com a das pessoas que eu lia (i.e Pasquim 21, depois o Monblaat, Carta Capital, por um tempo até a Caros Amigos, mas depois desisti pelo bias esquerdista gritante a la Fox News floridiana), e hoje em dia, quando leio seu blog me indago sobre sua postura em relação ao atual governo. Objetivamente, ao seu ver, uma re-eleição seria uma boa opção para o Brasil, por exemplo? Bolívia, Argentina e falácias lulíticas a parte... Pergunto sem sacanagem, hem, para poder ter uma idéia melhor, pode me responder via imêiu se quiser.
Responder é fundamental. O farei assim que consiga voltar à telemáquina.
A RESPOSTA:
Quem se interessa pelas políticas no Brasil e até quem não dá a mínima está ouvindo uma gritaria das mais feias, uma mistura de choros, lamúrias, xingamentos, uivos, aplausos, vaias, assovios, loas, gritos e provavelmente fica com a impressão de que a maioria está contra o governo e só aquela meia dúzia de 'petistas para o que der e vier' e os pobres do Bolsa Família estão com Lula. A verdade é muito diferente disto.
Aqui no meio da turba é muita zoeira, só se vê o tumulto mas não de onde começam e para onde querem os empurrões. Vamos subir aquela coxilha ali e olhar melhor essa indiada lutando no campo. Pronto! Aqui de cima já podemos ver que a coisa é diferente do que parece lá de baixo, há vários grupos diferentes, cada um empurrando em uma direção, e a maioria deles quer empurrar para derrubar. Repara: os gritos que se ouve são só "derruba!", "cai!", "te esfola", "agora tu vai!". Não há gritaria de discussão das ações, o que lhes interessa é derrubar o governo. Obviamente para assumirem o seu lugar. Buenas, então seria perda de tempo nos dedicarmos a ouvir e pensar sobre a gritaria.
Vamos tentar enxergar sob a polvadeira e a fumaça da mírdia de balcão o que o governo está fazendo. No governo anterior, PSdB e Pefelelê levaram a dívida brasileira à extratosfera, neste a dívida baixou e continua baixando, coisa inusitada. No anterior levaram o dólar de 1 para 4 reais, neste trouxeram o dólar dos 4 para 2,1 reais - a gritaria, desde o início é que isto iria quebrar os exportadores, mas as exportações aumentaram 100%. A balança comercial aumentou 68% pró Brasil. Três milhões e quinhentos mil empregos com carteira assinada foram criados. A grande maioria das categorias profissionais obteve reajustes salariais acima da inflação e a inflação tem sido não apenas contida, mas diminui a cada ano. O salário mínimo dobrou sua capacidade de compra (cesta básica, cimento, que é o que quem ganha o mínimo compra). E nós ainda temos a Petrobras, o Banco do Brasil, os Correios, empresas que não seriam mais nossas, caso o Serra, que orgulha-se de ter dado a Vale do Rio Doce, tivesse ganho as eleições, como os paulistas estão perdendo o banco estadual Nossa Caixa, pois Allpramim o está doando. As estatais estranhamente estão apresentando grandes lucros, coisa que nunca acontecia, pois eram rifadas entre a corja que assaltava o povo e depois privatadas. Pela primeira vez na história do Brasil diminuiu a diferença entre ricos e pobres, pois há programas efetivos de distribuição de renda.
Pela primeira vez os jornalistas escrevem e escrevem e escrevem contra o governo e os jornais publicam e publicam e publicam, coisa que os donos dos jornais não permitiam em outros (seus) governos (basta ver o quão maravilhosamentemente é apresentado o governo Ri Gotto Menos 5% do PIB, pela RBS). Se quisermos voltar a ler só notícias maravilhosas nos jornais basta eleger o PSdB, o PMDB, o PFL. Enquanto o PT for governo só encontraremos as informações das ações positivas em notinhas minúsculas e tortas, sob enormes manchetes sobre Francenildos e Janes Arround the Corners. É que o PT sempre foi tratado como o filho da empregada, como o marido da empregada e agora é tratado como a empregada. A empregada que roubou o shampoo.
Meu caro Roy, há muito mais informações positivas sobre este governo que eu venho publicando e pretendo continuar a fazê-lo, o que não impedirá que eu critique quando achar necessário, como já o fiz várias vezes. Se eu quero que o PT continue governando?
Bota querer nisso!
Roy disse...
Boas dicas mesmo, Jean, mas eu tenho uma pergunta, meio que íntima (riso) quanto sua postura. Nos tempos em que estive no Brasil me informei como pude, e formei uma opinião parecida com a das pessoas que eu lia (i.e Pasquim 21, depois o Monblaat, Carta Capital, por um tempo até a Caros Amigos, mas depois desisti pelo bias esquerdista gritante a la Fox News floridiana), e hoje em dia, quando leio seu blog me indago sobre sua postura em relação ao atual governo. Objetivamente, ao seu ver, uma re-eleição seria uma boa opção para o Brasil, por exemplo? Bolívia, Argentina e falácias lulíticas a parte... Pergunto sem sacanagem, hem, para poder ter uma idéia melhor, pode me responder via imêiu se quiser.
Responder é fundamental. O farei assim que consiga voltar à telemáquina.
A RESPOSTA:
Quem se interessa pelas políticas no Brasil e até quem não dá a mínima está ouvindo uma gritaria das mais feias, uma mistura de choros, lamúrias, xingamentos, uivos, aplausos, vaias, assovios, loas, gritos e provavelmente fica com a impressão de que a maioria está contra o governo e só aquela meia dúzia de 'petistas para o que der e vier' e os pobres do Bolsa Família estão com Lula. A verdade é muito diferente disto.
Aqui no meio da turba é muita zoeira, só se vê o tumulto mas não de onde começam e para onde querem os empurrões. Vamos subir aquela coxilha ali e olhar melhor essa indiada lutando no campo. Pronto! Aqui de cima já podemos ver que a coisa é diferente do que parece lá de baixo, há vários grupos diferentes, cada um empurrando em uma direção, e a maioria deles quer empurrar para derrubar. Repara: os gritos que se ouve são só "derruba!", "cai!", "te esfola", "agora tu vai!". Não há gritaria de discussão das ações, o que lhes interessa é derrubar o governo. Obviamente para assumirem o seu lugar. Buenas, então seria perda de tempo nos dedicarmos a ouvir e pensar sobre a gritaria.
Vamos tentar enxergar sob a polvadeira e a fumaça da mírdia de balcão o que o governo está fazendo. No governo anterior, PSdB e Pefelelê levaram a dívida brasileira à extratosfera, neste a dívida baixou e continua baixando, coisa inusitada. No anterior levaram o dólar de 1 para 4 reais, neste trouxeram o dólar dos 4 para 2,1 reais - a gritaria, desde o início é que isto iria quebrar os exportadores, mas as exportações aumentaram 100%. A balança comercial aumentou 68% pró Brasil. Três milhões e quinhentos mil empregos com carteira assinada foram criados. A grande maioria das categorias profissionais obteve reajustes salariais acima da inflação e a inflação tem sido não apenas contida, mas diminui a cada ano. O salário mínimo dobrou sua capacidade de compra (cesta básica, cimento, que é o que quem ganha o mínimo compra). E nós ainda temos a Petrobras, o Banco do Brasil, os Correios, empresas que não seriam mais nossas, caso o Serra, que orgulha-se de ter dado a Vale do Rio Doce, tivesse ganho as eleições, como os paulistas estão perdendo o banco estadual Nossa Caixa, pois Allpramim o está doando. As estatais estranhamente estão apresentando grandes lucros, coisa que nunca acontecia, pois eram rifadas entre a corja que assaltava o povo e depois privatadas. Pela primeira vez na história do Brasil diminuiu a diferença entre ricos e pobres, pois há programas efetivos de distribuição de renda.
Pela primeira vez os jornalistas escrevem e escrevem e escrevem contra o governo e os jornais publicam e publicam e publicam, coisa que os donos dos jornais não permitiam em outros (seus) governos (basta ver o quão maravilhosamentemente é apresentado o governo Ri Gotto Menos 5% do PIB, pela RBS). Se quisermos voltar a ler só notícias maravilhosas nos jornais basta eleger o PSdB, o PMDB, o PFL. Enquanto o PT for governo só encontraremos as informações das ações positivas em notinhas minúsculas e tortas, sob enormes manchetes sobre Francenildos e Janes Arround the Corners. É que o PT sempre foi tratado como o filho da empregada, como o marido da empregada e agora é tratado como a empregada. A empregada que roubou o shampoo.
Meu caro Roy, há muito mais informações positivas sobre este governo que eu venho publicando e pretendo continuar a fazê-lo, o que não impedirá que eu critique quando achar necessário, como já o fiz várias vezes. Se eu quero que o PT continue governando?
Bota querer nisso!
Comentários
Pois então, Jean, muitas coisas entram em conflito, realmente, com a maior parte das informações que recebo até hoje, e a entrevista do Chico me faz ver um equilibrio entre o que você diz e o que se ouve dessa zona toda que temos, como você bem lembrou, direito e maior acesso a fazer. Tem muita coisa que eu ouço e não conecto, realmente porque parece um quebra-cabeças infindável de siglas de partidos e palavras estrangeiras, mas o que eu sempre tento prestar maior atenção é como está o povo... Quando lá, nunca o vi pior, Jean, e isso foi até pouco depois da data da entrevista do Chico... Por outro lado, você mostra fatos consumados de melhoras positivas (e possíveis, talvez se fosse possível fazer mais, feito seria) que não podem ser negadas. Ah, Jean, mas eu ainda tô matutando, porque eu não consigo me deixar convencer de que esse (como os demais) realmente se interessam pelo ‘povo’. Se interessam (além deles mesmos, que isso é condição humana, não é seu privilégio) em coisas como Economia, Reforma, Política Externa, Juros, etc, etc, etc, e elas às vezes tomam rumo próprio (ou viajei alto?), contrário ao que Maria, Maneco e Pedrinho querem...
O que eu melhor sei é que adorei a resposta, mesmo, e serve como referência para ponto de defesa de pessoas que tão ferrenhamente insistem em querer convencer a moi que este é o pior governo do mundo. Ó Big Brother, eles pensam que eu esqueço do dia pro outro?
Abrax!
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