[...]não é a cota de canalhas que determina se um partido ou uma classe está ou não à esquerda. O problema é que César parece pensar isto. Segundo ele, a esquerda passou para a retaguarda intelectual e moral da sociedade, uma grave inflexão.
Ora, se a esquerda passou para a retaguarda, quem foi que passou para a vanguarda intelectual e moral da sociedade? A direita? A intelectualidade "classe média"? [...]
Leia esta interessantíssima análise/debate, aqui.
Ora, se a esquerda passou para a retaguarda, quem foi que passou para a vanguarda intelectual e moral da sociedade? A direita? A intelectualidade "classe média"? [...]
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Comentários
Reconstruindo o que poderia ser tal relação, temos que houve um tempo, não muito atrás, no qual a mentalidade de esquerda apresentava uma agenda para a discussão pública. Muitas vezes a esquerda era repudiada por isso, mas apresentava. Bem, essa agenda era bem mais ampla e decidida do que a agenda do lulismo. O que temos que pensar, em relação ao presente, é se queremos a agenda tímida de Lula, com Hélio Costa na comunicação, Sarney na base e tudo mais, ou aquilo que queríamos antes.
Acho que é em relação a isso que precisamos refletir. Antes de tomar partido, refletir.
Acho importantíssima a discussão e apresentação de propostas para um objetivo ideal. O que não podemos abstrair entretanto é a imensa distância que há entre a realidade na qual estamos inseridos e as propostas de ideal. Daí é imprescindível pensarmos também no melhor caminho a trilhar para percorrer essa enorme distância. Retroceder deste ponto onde estamos para um ponto anterior me parece a pior opção.
Jens, pois é. A direita ama o PSOL, que seria um PT principiante, lá pelos anos 80.Este eles conseguem tirar de letra. Só que o PT de 80 não se alinhava com os que o PSOL tão imediatamente se alinhou, para garantir um espacinho de crescimento. O PT cresceu se organizando na base. O PSOL deveria fazer isto, mas quer dar o salto por cima (ou seria o golpe por baixo?).
Abra sãos. Jean.
Como diz a Hannah Arendt, em Responsabilidade e Julgamento, o problema em escolher o mal menor é que facilmente esquecemos que estamos escolhendo o mal.
Não votarei em aliados de Sarney ou Newton Cardoso no primeiro turno. Não votarei no BC com Meirelles no primeiro turno. Essa é minha posição como eleitor. Quem escolhe esses aliados tem um ônus: não tem eleitores como eu. Talvez, muito provavelmente, eleitores como eu sejam minoria. Se for assim, o 'cálculo eleitoral' é suficiente para que eu seja desprezado.
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