O OURO DOS TOLOS

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Jean Scharlau disse…
Presidente da YPFB diz que Morales se confundiu

Por Paulo Moreira Leite
e Teresa Navarro (AE)

LA PAZ - Em La Paz, a explicação para as declarações vienenses do presidente Evo Morales é que: ele simplesmente se confundiu. "Quando falou de Petrobras e de contrabando, ele queria se referir a Repsol", afirma Jorge Alvarado, presidente da YPFB, a estatal boliviana de combustível

Petroleira de capital espanhol, a Repsol já teve dois dirigentes presos, sob acusação de contrabando. "Isso acontece com qualquer um. Às vezes o pai troca até o nome dos filhos, não é mesmo?", explica Alvarado.

Apesar da confusão do presidente Morales, Alvarado mantém os ataques pesados à Petrobras. Mas afirma acreditar em um avanço das conversas em prazo rápido - diz que os debates sobre o novo preço do gás vendido ao Brasil pode estar resolvido em duas semanas.

Mobilizado para as primeiras reuniões de trabalho entre as equipes do Brasil e da Bolívia, Alvarado costuma despachar na sede principal da empresa, num edifício da década de 50 de La Paz, enfeitado por um mural de propaganda política, inspirado nos grandes pintores muralistas mexicanos, onde se divide a história de seu país em duas partes - antes e depois da fundação da estatal do petróleo, em 1937.

Na primeira metade do mural, após a chegada dos espanhóis, avistam-se jesuítas, indígenas e trabalhadores em situação miserável. Na segunda, surge uma modernidade sob luz redentora, com trabalhadores alimentados, estradas asfaltadas e pessoas confiantes no futuro - imagem que parece sintetizar a visão do governo de Evo Morales.
Principais trechos da entrevista

PERGUNTA - As declarações do presidente Evo Morales colocam dúvidas sobre as negociações com o Brasil?

JORGE ALVARADO - Não. A reunião de quarta-feira passada foi produtiva e as negociações devem prosseguir. Já temos a pauta de assuntos e muitas questões podem estar resolvidas. Eu acredito, por exemplo, que poderemos chegar um novo preço sobre o gás em pouco tempo, talvez dentro de duas semanas.

O que houve em Viena, então?

O presidente se confundiu. Queria falar da Repsol quando denunciou o contrabando, mas deu a entender que se referia a Petrobras. São coisas que acontecem. Tenho certeza de que você, se tem filhos, já trocou os nomes deles mais de uma vez.

As acusações lançadas contra a Petrobras estavam erradas?

Nunca se disse que a Petrobras fez contrabando. Mas, ao lado de outras petroleiras, ela participou de outras atividades ilegais e irregulares.

Por exemplo?

Assinou contratos de risco que eram inconstitucionais. Contrariavam o artigo 55 de nossa Constituição e precisavam da aprovação do Congresso para entrar em vigor. Essa aprovação jamais ocorreu.

Mas isso não é responsabilidade do governo da Bolívia, naquela época?

Não me parece razoável argumentar que uma empresa tenha o direito de investir em um país sem conhecer suas leis e artigos.

Mas não havia uma situação de fato, que durava por vários anos e era aceita por todos?

Isso não importa. Até porque a Petrobras participou de outras irregularidades. A maior foi na classificação de San Alberto (maior campo de gás da Bolívia). A Petrobras participou de uma fraude que lhe permitiu reduzir impostos.

Como assim?

O campo de San Alberto foi registrado como se fosse um campo novo, pelo qual teriam de pagar impostos de apenas 18%. Mas seus grandes reservatórios de gás, que são explorados até hoje, já haviam sido identificados por nós, da YPFB, quando eles ficaram com a concessão.

Mas quem classificava não era o governo?

Jorge Alvarado - Era o governo, sim, mas as empresas eram cúmplices, pelo menos. A Petrobras também não pagava impostos corretamente.

O senhor pode dar um exemplo?

Posso. Nosso país tem uma lei para remessa de divisas. Mas, embora vendesse gás para o Brasil, a Petrobras não fazia os pagamentos para a Bolívia, mas diretamente para uma conta em Nova York. Com isso, escapava do imposto para remessa de divisas.

Também se falou em sonegação. Isso envolve a Petrobras?

Isso, a auditoria que vamos iniciar agora poderá dizer. Estamos desconfiados de que muitas empresas petroleiras inflacionavam artificialmente seus gastos para pagar um imposto de renda menor.

Do jeito que o senhor fala, parece que as empresas não serão indenizadas depois que o governo tiver 50% mais um de participação.

Quem vai definir isso é a auditoria.

Com tantas críticas, o senhor acredita sinceramente que a negociação vai terminar em acordo entre as partes?

Acredito, sim. Iniciamos um processo que vai beneficiar as duas partes. Mas se isso não acontecer, os bolivianos não ficarão preocupados. Não deixam de chegar investidores ao país, querendo abrir novos negócios com nosso gás. Só nesta semana recebi a visita de três grupos americanos querendo colocar U$ 5 bilhões na Bolívia. A Gasprom, da Russia, também quer nos visitar.

O senhor acredita que o novo preço do gás estará definido em prazo curto, quem sabe duas semanas. Para onde vai o gás?

Não pretendo comentar este assunto.
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