A bonita

Estava tudo preparado pela tucanalha privata desde 1997 - grandes empresas e seus sócios políticos iriam construir um cinturão de auto-estradas em torno da Grande Porto Alegre, até Novo Hamburgo e Campo Bom, as princesas dos sapatinhos dourados, e depois só rodaria por elas quem pudesse, dissesse e fizesse: - pago! Várias vezes! Pois muitas seriam as praças de pedágio.

Lula-PT chegou e acabou com a festa privé - mandou construir as estradas de que precisamos, para todo o povo e sem pedágios - o direito de ir e vir fica preservado! (Leia mais no primeiro comentário abaixo.)

A ordinária

Geraldo Daslu, o Barão do Chuchu, napoleonicamente DIVIDIU e venDEU a espanhóis uma parte e venDARÁ a população e "VENDERÁ" todo o banco do povo paulista Nossa Caixa, a 11ª instituição financeira do país, que veio a substituir o BANESPA no papel de banco estadual.

A lógica dela, a tucanalha privata, é simples: enquanto a riqueza for do povo é preciso ser eleito pelo povo para controlar essa sua riqueza, o que eventualmente pode não acontecer de novo - já se a riqueza for de poucos, basta apaniguar-se com eles - eu facilito pra akiti, tu facilitas pra akimim. Petrobras, Correios, CEF, Banco do Brasil... São ricas as perspectivas no Brasil. (Para sua diversão e cultura identifique as coincidências desta ficção com a realidade no segundo comentário abaixo, gentilmente enviado por Alexandre Vanz.)

Comentários

Anônimo disse…
DNIT recomenda: Uma alternativa para desafogar a BR-116
A Rodovia do Parque, apelido recebido pela novata BR-448, saiu do rascunho. Virou promessa de três ministros, Dilma Rousseff, da Casa Civil, Alfredo Nascimento, dos Transportes, e Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, que anunciaram ontem, em visita ao Estado, a licitação desse projeto entre a última semana de março e a primeira do mês de abril. É com a Rodovia do Parque que o governo pretende solucionar um problema histórico: os congestionamentos na BR-116, no caso específico no trecho Esteio-Porto Alegre. A nova estrada serpenteará paralelamente à 116, passando por detrás do parque da Expointer, em Esteio, e desembocando em Guaíba, na BR-290. Para o trajeto da BR-116 que vai de Dois Irmãos a Porto Alegre, outras oito obras, com o mesmo objetivo de desafogar o trânsito, foram incluídas nesse pacote rodoviário com custo estimado em R$ 384,2 milhões. O Polão, cuja licitação fora homologada em dezembro de 2002, foi definitivamente descartado. O ministro Nascimento assinou sua revogação sob aplausos da população de São Leopoldo, que lotava o auditório da prefeitura e insistia pela não-implantação de praças de pedágio na 116. Outra proposta alternativa (a do Anel Rodoviário Metropolitano), que contemplaria municípios mais distantes da Capital, não decolou. 'Esta solução é sustentável e pode ser implantada imediatamente. Temos previsão orçamentária para isso' garantiu a ministra. As obras dos 20,4 quilômetros da nova rodovia devem começar só em 2007, depois de concluído o projeto e o estudo de viabilidade econômica e de impacto ambiental. Trevos de acesso, passarelas e ampliações da própria BR-116, no entanto, poderão ser executados ainda este ano (veja mapa na página ao lado). Seus projetos já estão aprovados. Fazem parte do investimento federal anunciado ontem, a ser distribuído em três anos. Somente a Rodovia do Parque deve custar R$ 275 milhões. 'É uma solução intermediária e barata. Ninguém vai pagar por isso' ressaltou Nascimento. Todos os ministros, ontem, encamparam o discurso antipedágio. Esse foi o argumento utilizado para rebater o projeto do Polão, que previa pagamento de tarifas em Sapucaia do Sul e em São Leopoldo. Ir e voltar de Novo Hamburgo à Capital, por exemplo, custaria até R$ 11,60. Nesses municípios, porém, não havia estimativas de obras pelo Polão, além de recuperações asfálticas e de sinalização. Foi o que bastou para a população aderir, no ano passado, a um abaixo-assinado pedindo a revogação da licitação do projeto. O pedido acabou atendido às vésperas da arrancada da campanha eleitoral. 'Os pedágios trariam um prejuízo enorme, tanto econômico quanto de mobilidade das pessoas' argumentou o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT).
Fonte: Informe DNIT

:: Revogação do Polão pode ser contestada

A iniciativa de desafogar o tumultuado trânsito da BR-116 entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, por onde passam 110 mil veículos todos os dias, poderá evoluir para uma briga judicial. E atrasar o começo das obras da Rodovia do Parque. O Consórcio Metropolo, que administra o Polão e só aguardava a autorização para iniciar as obras já licitadas, deverá analisar juridicamente o caso. Até então, contava com a homologação da licitação, mas não com a assinatura de contrato pelo governo federal. 'A decisão de revogar a licitação nos surpreendeu, tendo em vista a política do governo, pautada pela atração de capital privado. Sabemos que o cobertor é curto e que há assuntos mais importantes. Esperamos que não se tire recursos simplesmente de um lugar para o outro' observa o diretor do consórcio, Sérgio Coelho da Silva. O projeto do Polão remonta a 1997. Tinha um custo previsto de R$ 505 milhões. Nele, era contemplada a Rodovia do Parque e a extensão da BR-386, em Canoas, até a RS-118, em Esteio. 'Não temo ações judiciais' disse o ministro Alfredo Nascimento. O Consórcio Metropolo pode conseguir impugnar a revogação assinada ontem, mas não impedir as obras, na opinião do deputado federal Tarcísio Zimmermann (PT): 'O Tribunal de Contas de União mandou revogar a licitação ou complementar estudos de custos. O governo preferiu revogar'.
http://www.eobra.com.br/eobra/Noticias.jsp
Anônimo disse…
Rafael Sampaio - Carta Maior

SÃO PAULO – O governo de São Paulo agendou para o dia 26 de abril o leilão de privatização de mais uma subsidiária da Nossa Caixa. Desta vez, será posto à venda 57% do capital da “Nossa Caixa Capitalização”, braço do banco que negocia títulos de capitalização. A Nossa Caixa é hoje a 11ª instituição financeira do país.

“Trata-se de mais um capítulo na novela da privatização das empresas estatais paulistas”, diz o diretor da Federação dos Bancários de São Paulo (Fetec), Elias Maalouf, que também é funcionário da Nossa Caixa. Tanto a federação quanto o Sindicato dos Bancários de São Paulo prometem entrar com uma ação na Justiça para impedir o leilão.

“Há irregularidades atestadas no edital do leilão da Nossa Caixa Capitalização”, afirma o diretor da Fetec. O fato de, por lei, ser exigida a realização de uma audiência pública para a venda de estatais é uma das irregularidades alegadas. A advogada Vilma Muniz de Faria, sócia do escritório que defende a Fetec, argumenta que há outras irregularidades no edital. “Mas não posso expô-las, sob o risco de fazer a defesa antes do processo”, explica ela.

DESESTATIZAÇÃO
Há quatro anos, a Nossa Caixa foi transformada em um “conglomerado”. A empresa foi dividida em sete subsidiárias, que controlam todos os serviços executados pelo banco. O processo tomou forma quando o governador Geraldo Alckmin lançou o Programa Estadual de Desestatização (PED), em 2001. “O próprio nome do Programa diz que ele trata de desestatização, ou privatização”, critica a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Raquel Kacelnikas.

As empresas são sete: uma financeira, uma distribuidora, uma empresa de cartões de crédito, uma de capitalização, uma de ramos elementares, uma de leasing e uma seguradora de vida e previdência. “Mais cedo ou mais tarde, todas essas subsidiárias serão vendidas para a iniciativa privada”, acredita Maalouf.

Na avaliação de Maalouf, o governo preocupa-se com sua imagem pública, arranhada desde a privatização do Banespa no ano de 2000, e por isso a venda da Nossa Caixa seguiu um processo mais complexo. O diretor da Fetec é claro: “A privatização ocorre às escondidas, e a venda é por partes. No futuro elas serão reunidas em uma empresa só, ou o banco se tornará uma ‘casca de ovo’, com nada dentro, em que só a fachada será pública”.

Tanto Maalouf quanto Raquel concordam que a venda de uma das subsidiárias permite à empresa compradora controlar equipamentos, contas dos clientes, funcionários e instalações das agências da Nossa Caixa. Raquel cita o leilão feito em maio de 2005 como exemplo.

SEGURO E PREVIDÊNCIA
Naquele mês do ano passado, a subsidiária Nossa Caixa Seguros e Previdência foi vendida por R$ 225 milhões para a empresa espanhola Mapfre Vera Cruz Seguradora. “Agora a Mapfre detém o monopólio da venda de apólices de seguro pela Nossa Caixa. Ela dispõe não só das instalações, mas também do patrimônio e da marca da instituição pública”, reclama Raquel.

A venda mudou a composição do Conselho da subsidiária, que antes era preenchido por representantes do poder público. Agora, a empresa privada detém a maioria de votos. Para Maalouf, isso “descaracterizou a natureza jurídica do conglomerado submetido ao controle da Nossa Caixa”. Ele teme que a Mapfre tenha intenção de adquirir outras subsidiárias.

Indagada pela Carta Maior sobre essa possibilidade, a direção da Mapfre divulgou uma nota oficial, em que empresa admite que está avaliando a sua participação no leilão da empresa Nossa Caixa Capitalização. “Qualquer proposta que exista no mercado e que permita à Mapfre Seguros crescer de forma consistente em seu segmento de atuação será analisada. Se houver oportunidade, será concretizada”, informa a nota.

Em 8 de fevereiro, o juiz Wilson Zauhy Filho, da 13ª Vara Federal de São Paulo, concedeu liminar contra o leilão da Nossa Caixa Seguros e Previdência. A ação afirma que a venda violou a Constituição paulista, já que a subsidiária nasceu da fusão de duas anteriores, que lidaram cada uma com um serviço e eram sociedades de economia mista. A fusão não poderia ser feita sem a aprovação da Assembléia Legislativa.

Além disso, o leilão não estava previsto no Programa de Desestatização. Como não havia regulamentação para a venda, tudo foi feito por edital e contrato. O Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o poder legislativo não puderam fiscalizar o leilão.

No dia 23 de fevereiro, entretanto, o juiz Zauhy reconsiderou sua decisão sobre a liminar. De acordo com Vilma, ele assinalou a existência de diversas irregularidades, incluindo as apontadas na ação. Mas levou em conta que os clientes da Nossa Caixa que adquiriram apólices de seguros seriam prejudicados pelo cancelamento do leilão. Isso levou a Mapfre a voltar a controlar a Nossa Caixa Seguro e Previdência.

SUCATEAMENTO
A Cosesp (Companhia de Seguros do Estado de São Paulo), empresa estatal que negociava apólices de seguros para funcionários públicos estaduais através da Nossa Caixa, não pode fazer frente ao “monopólio” da Mapfre. “Agora, só as apólices da empresa espanhola são negociadas. E ela pode vender dentro e fora da Nossa Caixa. A Cosesp está sendo sucateada com isso”, constata Maalouf. O capital da Cosesp pertence ao Ipesp (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo), submetido à Secretaria estadual da Fazenda.

Maalouf informa que, a partir de 2007, as contas do Banespa onde eram depositados os salários dos servidores serão transferidas para o banco Nossa Caixa. “É um mercado rico, que vai ser transferido para o banco, e a iniciativa privada pode receber a preço de banana se a privatização continuar”, preocupa-se ele.

O artigo 164 da Constituição Federal preconiza que cada Estado tenha uma instituição financeira oficial, papel que o Banco Nossa Caixa assumiu, depois que o Banespa foi vendido. A venda do controle acionário das subsidiárias, mais cedo ou mais tarde, “colocará em xeque o caráter estatal do banco”, lamenta Raquel.

A assessoria de comunicação da Nossa Caixa foi procurada, mas, até o fechamento deste texto, as questões levantadas pela reportagem não foram respondidas.
Anônimo disse…
Olá, Jean:
Aqui é a Re, amiga do Jens.
É um prazer te visitar, este teu blog é uma ilha tropical no mar de bestialidades que enfrentamos na blogosfera.
O Jens já havia me falado em ti, mas como sou do tempo antigo, esperei pacientemente a visita do cavalheiro ao meu blog, para após retribuir.
Muito obrigada pela visita, pelas palavras sensíveis e agradáveis e pelo presente da linkagem o qual estou retribuindo, linkando o seu blog lá no "Dando Pitacos".
Em relação ao assunto do teu texto, nós aqui de São Léo sabemos o quanto foi importante a decisão do governo federal de acabar com esta picaretagem do Polão. O que nos deixaria na mesma situação que ocorre com os viamonenses, numa batalha diária e sem solução à vista.
Graças ao Lula, o nosso pesadelo transformou-se em um sonho e este em uma realidade denominada "estrada do Parque".
E viva o nosso direito de ir e vir!

Era isso, amigo!
Bom domingo!
Roy Frenkiel disse…
Aqui eu so leio, me informo e penso, Jean, mas sempre com muito prazer ;-).

Abrax!

RF
Grande Sharlau, passo aqui para cumprimentá-lo pelo blog inteligente, e avisar que linkei você lá no Oleo do Diabo (oleododiabo.blogspot.com). Abraço.