Um economista do MIT, Lester Thurow, sustenta a tese de que "o que falta na América Latina é elite. O que existe é oligarquia. As oligarquias desfrutam ou herdam o poder, mas não entendem as responsabilidades públicas inerentes a ele". Ou seja: querem os privilégios, mas não os ônus. Querem a gravata da Gucci, mas não os impostos de importação, que se convertem em saúde, educação etc. Depois, reclamam da falta de segurança, da inoperância dos governos, apadrinham uma creche para apaziguar a consciência e, ato final, compram um helicóptero para sobrevoar os nossos Haitis. Leia o que mais diz o cineasta aqui, no Animot.
E como estará a CPI da roubalheira de verdade, hein? Os privatas estão bem quietos, mas a Vale do Rio Doce está gastando muitos de seus infinitos tubos em publicidade e distribuição de lucros aos sócios. Onde estão agora os indignados blogueiros? Onde a vigilante e acuadora imprensa? Porque este imenso silêncio?
E como estará a CPI da roubalheira de verdade, hein? Os privatas estão bem quietos, mas a Vale do Rio Doce está gastando muitos de seus infinitos tubos em publicidade e distribuição de lucros aos sócios. Onde estão agora os indignados blogueiros? Onde a vigilante e acuadora imprensa? Porque este imenso silêncio?
Comentários
Jean,
Isso significa que até agora na CPI o que está registrado, gravado, é roubalheira "mentirosa"? Foi um desfile de verdadeiros suicidas, homens bombas, que cansados do meio social ou por um ato de nobreza resolveram confessar seus crimes, assumir culpas de crimes imputados a Outros? Receber em troca o que? A execração da sociedade? A humilhação pública? A pena da Lei? Pelo que conheço, só pra exemplificar, do Delúbio e Duda Mendonça, é que sempre tiveram outras pretensões (nada nobre, por sinal) - jamais a de servir de comida pra leões. Ou seriam eles heróis? Magnânimos e bizarros, que arrependidos de seus crimes resolveram colocar a “ética” do presidente e do PT na vale comum??
Os outros, os que chamo de ladrões de verdade (imensos ladrões) são os que roubaram as nossas vacas. Éramos donos, tínhamos muitas vacas, um grande rebanho. Agora só temos meia-dúzia. Fizeram isto com o beneplácito e colaboração dessa imprensa que agora nos dá a pauta da indignação. Pois te digo - são ladrões também, roubaram junto. Antes, das vacas que se foram só podiam roubar o leite se estivessem no governo. Ao distribuirem as vacas para seus comparsas, garantem leite e churrascadas por décadas.
A questão que se nos apresenta é simples - corremos primeiro atrás dos ladrões de leite, ou vamos rápido e prioritariamente atrás dos ladrões de vacas?
E principalmente - devemos correr atrás do leite, ou buscar de volta as nossas vacas? Há algumas que estão no Vale do Rio Doce. Bem gordas, produzindo muito leite e bezerros - nosso leite, nossos bezerros. Se os buscarmos.
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Jean, a questão não é de retórica , metáforas. Minha referência foi: " a roubalheira de verdade", conforme afirmou aqui no post, e "roubalheira de mentira" questionada no meu comentário, fatos reais, irrefutáveis, gravados nos anais da CPI, de conhecimento de milhões de pessoas. Se puder responda, por favor, sobre os depoimentos do Delúbio e do Duda Mendonça (vou poupá-los dos demais) , responda sobre fatos reais, irrefutáveis, evidentes, irrecusáveis, incontestáveis, que jogaram a ética do Lula e do PT na vala comum da corrupção. Se quiser também responda sob a impunidade sob as asas do judiciário. Sei que vc, que é uma pessoa íntegra, em tese, não compactua com isso.
Bjs
Colocando os títulos no Google, vai direto aos artigos.
Um abraço a todos.
Concordo, é difícil. Muitos políticos e governantes não sabem o que é um ato de grandeza. Agora a proporção é maior, sistêmica, com a desculpa de que os "fins justificam os meios" e outras pobrezas de espírito público. Já li uns dois artigos seus publicados no La Insignia (link no post do Jean). Por sinal muito bem escrito em sua forma e no pleno exercício da crítica. O difícil mesmo é conseguir estabelecer um diálogo, no debate de idéias. Pessoalmente, nunca tenho uma indagação respondida concretamente.
Um abraço